Depois de crescer 2% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e surpreender analistas, a produção industrial brasileira voltou a cair em julho. O setor teve queda de 2% na comparação com o mês anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta terça-feira, dia 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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As quatro categorias de uso da indústria tiveram recuo na produção, com destaque para os bens de consumo duráveis, com queda de 7,2%. Os bens de capital (máquinas e equipamentos usados no setor produtivo) tiveram redução de 3,3% na produção. Também registraram perdas os bens de consumo semi e não duráveis (-1,5%) e os bens intermediários (insumos industriais para o setor produtivo) com queda de 0,7%.
Na comparação com julho de 2012, no entanto, a alta foi de 2%. No acumulado do ano, o aumento também foi de 2% e nos últimos 12 meses o incremento ficou em 0,6%. De acordo com o IBGE, a taxa praticamente elimina o avanço de 2,1% registrado em junho ante o mês anterior e manteve o padrão da produção industrial brasileira em 2013, que intercala meses de crescimento elevado com períodos de recuos mais intensos.
Entre os setores pesquisados, as principais influências negativas foram registradas por veículos automotores (-5,4%) e farmacêutico (-10,7%). Outras contribuições negativas vieram de borracha e plástico (-4,5%), celulose, papel e produtos de papel (-3,6%), alimentos (-1,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-9,4%), máquinas e equipamentos (-1,6%), outros equipamentos de transporte (-3,3%), metalurgia básica (-1,8%) e outros produtos químicos (-1,5%). Com exceção dos produtos químicos, todos os setores vinham de resultados positivos em junho.
Entre as 11 atividades que ampliaram a produção, o destaque foi para o refino de petróleo e produção de álcool (3,3%), que recuperou parte da perda de 4,1% assinalada no mês anterior. Os setores de bebidas (2,3%), de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (3,5%) e de produtos de metal (2,0%) também registraram alta.
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