A greve na rede estadual de ensino chega hoje ao quarto dia, e os números de adesão seguem conflitantes. Enquanto o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) afirma que 60% da classe deve estar parada na próxima semana, o governo mobiliza diretores de escolas para seguir com as aulas, independente do número de professores.

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Ontem, o Sinte passou o dia em reunião com os comandos regionais. A decisão é de manter a greve e aumentar a adesão dos professores, com manifestos marcados para a quinta-feira da semana que vem.

Para o diretor do sindicato Marcelo Serafim, com o término dos conselhos de classe, espera-se que mais professores parem. O Sinte diz não conseguir levantar o número de escolas paradas porque o governo estaria dificultando a entrada nos colégios.

– Muito professor está proibido de nos repassar informações, mas a tendência é a greve ganhar força. Só queremos negociar – diz Serafim.

Segundo a Secretaria de Estado da Educação (SED), haverá conversa quando todos os professores retornarem às salas de aulas. A orientação aos diretores é manter o cronograma e as instituições em funcionamento. Aos pais, a SED pede que mandem os filhos às escolas, e que a confirmação de que se haverá aula deve partir da diretoria de cada estabelecimento.

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O governo diz que apenas 3% dos professores pararam e que há mobilização para manter o calendário.

– Nossa expectativa é de que a greve não seja longa, porque estamos explicando os ganhos do magistério ao longo desses meses. Também vimos muita opinião contrária à greve, principalmente de pais dos estudantes – disse o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps.