Depois de anunciar que pagamentos anuais de até R$ 4 bilhões de Itaipu para o governo federal devem bancar a redução média de 20,2% nas contas de luz a partir de fevereiro, o Planalto anunciou ontem uma economia anual de R$ 300 milhões ao ano com o peso menor da conta de energia.
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Segundo cálculos do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, essa é a economia que será feita somente pela administração direta do governo federal. A redução de gastos, disse o secretário, será muito maior levando em consideração a economia que será feita por Estados, municípios e empresas estatais, principalmente as companhias de fornecimento de água.
– O Tesouro Nacional não vai ter prejuízo – garantiu.
A necessidade de usar o dinheiro que a União recebe anualmente de Itaipu para garantir a redução de 20,2%, em média, da conta de luz no ano se deve à recusa de três companhias em antecipar a renovação das concessões dentro das regras fixadas pelo Palácio do Planalto. Mas Augustin fez questão de ponderar, ontem, que, por outro lado, gastará menos com as indenizações pelos investimentos já feitos.
– Tem um efeito nos dois lados. Vamos gastar menos de indenizações e vamos ter de auxiliar mais no fluxo para reduzir o custo da energia. Uma coisa acaba compensando a outra – afirmou.
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Para Augustin, mesmo com a desistência das elétricas de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, o modelo proposto pelo Planalto para renovar as concessões do setor e reduzir o custo da energia produzida no País “deu certo” e será uma das mais importantes medidas adotadas pelo governo para estimular a competitividade e o crescimento do Brasil.
– A desistência é opção das empresas, que respeitamos, mas estava nos planos desde sempre – admitiu.