A violência psicológica pela qual passaram os passageiros e motoristas do ônibus assaltado na noite de terça-feira em Navegantes fez a empresa responsável adotar medidas para intensificar a segurança durante as viagens. Desde quarta-feira, todos os ônibus que deixam o pátio da Massaneiro Turismo, no centro de Brusque, saem com escolta armada.

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O procedimento já vinha sendo realizado a partir de Joinville, ponto considerado crítico por quem tem experiência em viagens para compras em São Paulo. Mas a falta de escolta entre as cidades do Litoral e o Norte do Estado fez com que bandidos armados não tivessem qualquer problema em invadir um ônibus e fazer todos os passageiros reféns, como ocorreu.

– Agora estamos fazendo viagens com escolta desde a garagem por garantia – explica o dono da empresa, Orlando Massaneiro.

O empresário conta que durante o assalto os motoristas os criminosos aterrorizavam passageiros e motoristas dizendo que colocariam fogo no veículo. Com armas apontadas para si, os passageiros tiveram que se despir e foram trancados no bagageiro do veículo.

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Os bandidos fugiram em seguida levando todo o dinheiro dos passageiros que fariam compras em São Paulo. Apenas uma mulher, que mentiu estar grávida, conseguiu se safar da ação dos bandidos, segundo a direção da empresa.

O assalto ocorreu por volta das 21h perto do trevo de acesso a Navegantes, na BR-101. Quatro homens fortemente armados invadiram o ônibus e obrigaram um dos motoristas a seguir em direção a Luís Alves. Depois de várias voltas o veículo ficou atolado na lama em uma área deserta. Os criminosos fugiram em seguida.

Massaneiro conta que a escolta desde a partida do ônibus vai encarecer em 20% o valor da passagem, mas é uma medida que se faz necessária diante do trauma que as vítimas sofreram.

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O delegado responsável pela investigação do caso, Rodrigo Carriço, informou que ainda não há suspeitos para o assalto. Os motoristas do ônibus devem ser ouvidos nesta semana para ajudar a esclarecer os fatos.