Depois de três décadas sem passar por uma manutenção significativa, o Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, recebeu melhorias no telhado, pintura, substituição do piso e recapeamento asfáltico nas pistas de manobras e tráfego. A reforma custou R$ 12,9 milhões e começou em 2013, após a interdição do prédio em razão das excessivas goteiras. Elas diminuíram muito, mas mesmo depois da restauração, permanecem. Nesta quarta-feira, quando o Governador de Santa Catarina esteve no local, foi possível ver pequenas poças de água perto dos pilares, resultado de infiltrações ainda presentes no telhado. As equipes de limpeza, que pareciam ter sido reforçadas para dar uma “geral” no prédio que receberia o chefe do executivo estadual, secretários e a imprensa, rapidamente secavam os pontos de umidade que se acumulavam sobre o novo piso cerâmico.

Continua depois da publicidade

– Uma obra desse tamanho sempre tem pequenos ajustes que precisam ser feitos com o tempo – diz o Presidente do Deter, Fulvio Rosar Neto. Ele garantiu que a empresa responsável pelo conserto da cobertura vai manter funcionários à disposição do Estado pelos próximos cinco anos – garantia regulamentar da obra, prevista em contrato – e “depois desse prazo”, para ajustes necessários.

Uma dessas adequações não será responsabilidade da construtora, mas também é importante: a ocupação do segundo piso da rodoviária. O local abriga hoje somente a administração do terminal, mas já foi dedicado a um centro cultural, restaurantes e um pequeno centro comercial. Uma área grande, que está sub-utilizada, e poderia servir para reduzir o custo das administrações municipal e estadual com aluguel.

– Temos um projeto para trazer equipes do Tribunal de Justiça para ocupar o local, além de planejarmos ceder parte ao Procon de Florianópolis e à Assistência Social – complementa Fulvio. Apesar das ideias, não há prazo para elas serem executadas.

O Terminal Rita Maria fará 36 anos de inauguração no dia 7 de setembro. Em 1991 surgiram os primeiros problemas, e a situação de emergência foi decretada em 2010 pela Defesa Civil por fragilidades que afetavam a estrutura. Três anos depois, a rodoviária foi interditada.

Continua depois da publicidade

Ouça mais informações na reportagem: