Num torneio de goleiros campeões do mundo, como o italiano Buffon, o espanhol Casillas e o brasileiro Julio César (de clubes, pela Inter de Milão), os taitianos Xavier Samin e Mikael Roche sofreram 16 gols em 180 minutos contra Nigéria e Espanha. A dupla não pode ser culpada sozinha pelos péssimos resultados. Seus outros ingênuos companheiros de seleção também precisam ser responsabilizados pelas goleadas.

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A média de um gol sofrido a cada 11 minutos desestabilizaria a vida de qualquer goleiro no mundo real do futebol. No futebol amador do Taiti, a bola não cobra tanto.

Xavier Samin, 35 anos, e Mikael Roche, 31, pertencem aos dois principais clubes locais, Tefana, atual campeão nacional, com sete convocados, e Dragon, com nove. Eram os dois goleiros de confiança do treinador Eddy Etaeta e sua enxuta comissão técnica. São os goleiros mais populares do Taiti.

Há uma terceira opção no banco de reservas: Gilbet Meriel, 27, que joga no Central Sport, e é o mais inexperiente de todos.

Goleiro mais jovem do grupo, Meriel pode ganhar uma chance contra o Uruguai, domingo, às 16h, na Arena Pernambuco. A decisão está nas mãos do técnico Eddy Etaeta, que usou dois goleiros da sua maior confiança em duas partidas e ainda não anunciou o time para a rodada final da Copa das Confederações. Ele já sabe que o Uruguai vai atacar, tem grandes goleadores, Cavani e Suárez, e ainda os potentes chutes de Forlán de fora da área.

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O Uruguai deve desembarcar no começo da tarde desta sexta-feira em Recife. Já agendou um treino. O Taiti chega depois. Não marcou trabalho com bola. As duas seleções jogaram nesta quinta-feira no Rio de Janeiro e em Salvador.