Enquanto a água baixa, João Carlos Almeida, 47 anos, conta os prejuízos. Eram 22h30min de domingo quando a casa na rua Adolfo Radunz, Fortaleza, onde mora há um ano, começou a ser invadida pela água. Na tarde desta segunda-feira, ele calcula que tenha tido R$ 1 mil em prejuízos por causa da enchente.
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Diz que foi tudo muito rápido, nem conseguiu dormir esta noite, preocupado com que ocorressem novas inundações. Perdeu dois guarda-roupas e o que conseguiu salvar colocou em um caminhão e levou para lugar mais seguro.
A mulher, 35 anos, a filha de apenas três meses e o enteado, 14 anos, ainda durante a noite transferiram-se para a casa de um amigo, do outro lado da rua. É a terceira vez que sua família enfrenta o mesmo problema:
– As pessoas perdem coisas. É sempre assim.
Por um momento, João para a limpeza da casa. Com uma mão, ele segura a vassoura que usa para fazer a água escoar, e a outra apoia na cintura. Olha para o horizonte, diante do terreno ainda inundado, e reflete:
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– Não sei o que eles vão fazer para amenizar o nosso problema.