O depoimento do delegado Procópio Batista, da Diretoria Estadual Investigações Criminais (Deic), abriu na manhã desta terça-feira a audiência de instrução e julgamento contra os acusados dos atentados em Santa Catarina.

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Depois de problemas ontem na sala que foi montada como tribunal dentro do complexo penitenciário do Vale do Itajaí, a sessão finalmente começou na metade da manhã desta terça. Por volta de 12h30min, a juíza Jussara Schitler dos Santos Wandscheer suspendeu os trabalho por duas horas para intervalo de almoço.

A audiência será retomada à tarde com a continuidade do depoimento do delegado. O policial, que é testemunha de acusação, falou sobre a facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC), como ela age, os integrantes e o papel deles na quadrilha.

O presidente da OAB em Itajaí, João Paulo Tavares Bastos Gama, acompanhou o começo da audiência. Ao sair, disse que foram fornecidas as melhorias na estrutura física reivindicadas pelos advogados, como cadeiras, mesas, tomadas de energia elétrica e ventiladores.

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Indagado por jornalistas que estão na frente do complexo impedidos de entrar e acompanhar o julgamento, o representante da OAB local disse ser favorável à liberação do acesso à imprensa.

– A audiência é pública e entendemos que há galerias em que a imprensa poderia ficar e acompanhar. Lamentamos é que não fomos informados com antecedência sobre o julgamento – disse o presidente.

Oficialmente, o motivo da não entrada de jornalistas ao acesso seria por medida de segurança e o sigilo judicial do processo.

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Advogados saem para almoçar fora da prisão

Logo após o intervalo dado pela juíza, a movimentação voltou a ser grande de veículos na estrada que dá acesso ao complexo da Canhanduba. Os cerca de 50 advogados que participam da audiência saíram para almoçar na região. Segundo agentes, a juíza, que está se deslocando com forte escolta da Polícia Militar, almoçaria dentro da penitenciária, assim como o promotor Flavío Duarte de Souza.

“São pessoas altamente perigosas”

O comandante-geral da PM, coronel Nazareno Marcineiro, esteve no complexo para conferir o aparato de segurança montado dentro e fora da penitenciária e ouvir a juíza a respeito.

– Viemos conferir o emprego da segurança, se está correto e pela quantidade notamos que está suficiente. As pessoas julgadas são altamente perigosas e por causa disso nos causa preocupação – afirmou o comandante.

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Nazareno informou que a é agora não houve nenhuma ocorrência na região relacionada à quadrilha em represália ao julgamento da quadrilha. Estão na penitenciária e nas proximidades policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Choque, Cavalaria e equipes do policiamento ostensivo do Vale.

Os líderes do bando, que estão presos em Mossoró, no Rio Grande do Norte, acompanham a audiência por videoconferência. Toda a fase de depoimentos deve se estender até o dia 18.