Durou cinco horas o depoimento do secretário-adjunto da secretaria da Segurança Pública (SSP), coronel Fernando de Menezes, aos delegados da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), nesta terça-feira, em Florianópolis. Menezes foi interrogado no inquérito que apura o desvio de motores e peças do complexo administrativo da SSP, em São José, na Grande Florianópolis.
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Os delegados Alexandre Carvalho de Oliveira e Rodrigo Green ouviram o coronel no seu gabinete, na SSP, no Centro. Eles chegaram às 17h e saíram depois das 22h. Os policiais não revelaram o conteúdo das declarações nem qual será a conclusão da investigação policial. Até agora, eles disseram apenas que há indiciamentos envolvendo servidores públicos e empresários, mas sem citar nomes.
No depoimento, o coronel esteve acompanhado de seu advogado, Nilton João de Macedo Machado. Ao final, em nota divulgada pela assessoria de imprensa da SSP, Menezes afirmou que o interrogatório foi tranquilo e que teve oportunidade de esclarecer todas as dúvidas.
Os delegados ainda poderão ouvir mais pessoas antes de enviar o inquérito à Justiça, mas não adiantaram nomes. São apuradas suspeitas de fraude no contrato da SSP que deveria vender sucata para trituração, mas no qual acabaram sendo descobertos desvios de motores e peças localizados pela Deic em um ferro-velho, em Joinville, no final do ano passado.
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No começo desta semana, uma carreta da empresa joinvilense G-Truck trouxe de volta ao complexo da SSP o material que havia sido desviado.