Responsável pela Operação Papa – um gigantesco esquema de segurança que contará com 13,7 mil homens durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro -, o general do Exército José Alberto da Costa Abreu se mostra conformado.
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O Papa Francisco abriu mão do papamóvel panorâmico e blindado usado por seus antecessores para encarar a multidão que o aguardará na segunda-feira – dois milhões de fiéis são aguardados na cidade. A tensão ganha força na organização do evento porque, na quarta-feira passada, protestos que tomaram as ruas do Rio resultaram em uma maratona de destruição com pedradas e bombas caseiras.
– É uma escolha pessoal do Papa. Os dois veículos, incluindo o reserva, não têm blindagem porque ele acredita não haver necessidade. Nós precisamos respeitar – afirmou Abreu a Zero Hora nesta sexta-feira.
Durante a Operação Papa, as Forças Armadas vão se misturar com policiais civis e militares, além de agentes da Força Nacional de Segurança, para garantir a ordem em uma cidade acuada pelo vandalismo. Abreu afirma que “não há nenhum indício de que novas manifestações vão ocorrer”, mas pondera em seguida:
– Dependendo do local por onde ele (o Papa) passar, o risco pode ser maior. O carro sem blindagem é uma preocupação adicional, nos obriga a um zelo maior, mas não mudará o esquema de segurança em torno do veículo.
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O general acredita que, se algum protesto ganhar as ruas, não será “a ponto de afetar a integridade do evento ou colocar em risco a segurança do Papa”. No Campus Fidei, onde 1,5 milhão de peregrinos são aguardados nos últimos dois dias da Jornada, as Forças Armadas montarão barreiras em um raio de quatro quilômetros do terreno, em Guaratiba, na zona oeste do Rio – a ideia é evitar qualquer princípio de protestos.
No palco onde o papa falará ao fiéis, ao lado da presidente Dilma Rousseff, 400 policiais trabalharão à paisana, de terno, a pedido do próprio Vaticano.