Desde que a Chapecoense voltou a jogar neste ano, homenagens estão ocorrendo aos 71 minutos do tempo corrido em cada partida. Em memória às vítimas do acidente aéreo na Colômbia, o torcedor ecoou o canto de “Vamo vamo, Chape” e bateu palmas tanto no amistoso contra o Palmeiras quanto nos jogos oficiais contra o Joinville e Inter de Lages.

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O departamento de futebol, contudo, agora já mostra preocupação com relação aos tributos. O motivo é que, assim como no amistoso, na primeira partida do Catarinense o árbitro parou a partida durante as homenagens, atitude que, posteriormente, poderia atrapalhar o clube.

– Quando você paralisa, você vai buscar uma informação de homenagem, pode ter uma participação emocional na partida, o que para nós pode não ser interessante naquele momento no jogo – disse o técnico da Chapecoense, Vagner Mancini, logo após a vitória sobre o Inter de Lages no domingo.

Ainda segundo técnico, a preocupação não significa um desrespeito aos que partiram, mas leva em consideração o aspecto profissional do time, que agora precisa pensar nas competições que disputa.

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– Nós estamos aqui tentando fazer um melhor trabalho para sempre homenagear aqueles que aqui estavam, mas a vida tem que continuar. Nós temos que brigar dentro de campo por um bom futebol – complementou.

O diretor executivo de futebol do Verdão, Rui Costa, defendeu o posicionamento do treinador e complementou:

– Tomara que essas homenagens persistam durante todos os jogos, o que se discute é a paralisação do jogo. Hoje [domingo] estamos vencendo a partida, havia uma situação que nos era favorável, mas haverá jogos em que uma paralisação de 30 segundos, 1 minuto, pode até beneficiar o adversário, pode desmobilizar a própria torcida – disse Rui.

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O diretor ressalta, ainda, que não quer que o torcedor pare de homenagear às 71 vítimas e, inclusive, deseja que se torne uma marca do clube. Buscando sempre a vitória, eles esperam discutir a medida com a diretoria do Verdão, para que se possa chegar a uma definição.

– No jogo de quinta-feira [contra o JEC pela Primeira Liga] o jogo não foi paralisado, hoje [domingo, contra o Inter de Lages] ele foi paralisado. Temos que entender que, de uma forma simples, não haja uma interrupção na partida – concluiu Mancini.