O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça estuda providências a serem adotadas após receber pedido de investigação sobre acidentes que teriam sido causados por defeitos no eixo traseiro do modelo Stilo, da Fiat. Até agora, a montadora não foi notificada pelo órgão, que não definiu prazo para conclusões sobre o caso.

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Comunidades na internet e sites especializados em automobilismo discutem o que teria causado a soltura repentina das rodas, pois os acidentes têm características semelhantes: o motorista perde o controle do carro após uma das rodas traseiras se soltar e, em seguida, o veículo gira na pista. Outro ponto coincidente seria a baixa quilometragem dos carros que têm ano de fabricação a partir de 2005.

O caso teve início com a veiculação de reportagens no jornal Estado de Minas sobre dois acidentes que teriam sido causados pela soltura repentina de uma das rodas traseiras com os carros em movimento. Depois disso, novos casos foram sendo relatados – foram 13 até agora, com pelo menos uma morte foi confirmada.

Acidente com a consumidora Carla Barbosa em fevereiro foi o que motivou o pedido de análise do Procon-DF ao DPDC. A motorista, dona de um Stilo Sporting 2007, conta que, em fevereiro, em viagem com o marido e as três filhas, perdeu o controle do carro a 80 quilômetros por hora por causa da soltura da roda esquerda traseira.

– O veículo tombou, saiu deslizando e parou no meio da pista – conta ela, que mandou fazer um laudo particular sobre o acidente antes de mandar as peças para análise da Fiat.

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Contraponto

O assessor técnico da Fiat, Carlos Henrique Ferreira, diz que a empresa dispõe de laudos técnicos demonstrando que não há falhas no carro.

De acordo com Ferreira, a empresa tomou conhecimento de 13 casos pela imprensa, mas apenas seis pessoas entraram em contato, o que possibilitou a realização de perícias

– Os estudos comprovaram que houve grande esforço lateral na roda, que provocou a quebra do cubo que fica preso ao eixo. Ou seja, as rodas não se soltaram sozinhas. As análises não demonstram falha de produto – assegurou.