Ocorreu nesta segunda-feira a fase de interrogatório da audiência do processo criminal que apura o homicídio do adolescente Israel Melo Júnior, 16 anos, que foi morto e decapitado em fevereiro deste ano em Joinville. Entre as 13h30 e 17h30, os sete denunciados pelo Ministério Público foram ouvidos pela juíza Karen Schubert Reimer, da 1ª Vara Criminal de Joinville, no Fórum de Joinville. Como o processo corre em segredo de justiça, a sessão foi fechada, sendo permitida apenas a entrada dos advogados e da promotoria.

Continua depois da publicidade

Agora, o Ministério Público e a defesa dos acusados tem cinco dias para as alegações finais. Depois de apresentadas, a juíza deverá submeter os denunciados à sentença de pronúncia, no caso daqueles em que for verificada a presença e a materialidade do crime e os indícios suficientes de autoria. Além disso, o defensor público que representa cinco dos sete acusados pediu exame de insanidade mental para um dos réus.

No início do ano, Israel foi atraído em uma emboscada após o sequestro de outras duas pessoas. Mantido em uma casa no bairro Ulysses Guimarães, ele foi torturado e, após a morte, teve a cabeça arrancada e colocada em uma mochila, encontrada no bairro Jardim Paraíso na manhã do dia 2 de fevereiro. A decapitação foi filmada e depois divulgada nas redes sociais.

A investigação levou a Polícia Civil aos dois primeiros suspeitos em 5 de abril: Leonardo Felipe Bastos, 19 anos, e Luciano da Silva Costa, 23. Na semana seguinte, mais três homens foram presos por participarem do crime: Valter Carlos Mendes, 34, Henrique Alexandre Guimarães, 21, e Jonathan Luis Carneiro, 21. Em maio, ocorreu a prisão de Thomaz Anderson Rodrigues, 18. O último a ser preso foi Carlos Alexandre de Melo, conhecido como Neguinho, 27 anos, em 31 de agosto.

Todos estão sendo denunciados por sete crimes: cárcere privado (por duas vezes) contra duas pessoas, que foram usadas como isca para atrair Israel; homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe (briga entre facções), tortura e dissimulação (forma com que a vítima foi atraída); destruição de cadáver; ocultação de cadáver; vilipêndio(exibição da decapitação em vídeo); e formação de quadrilha.

Continua depois da publicidade