A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) protocolada há alguns dias no Superior Tribunal de Justiça afirma que o governador licenciado Raimundo Colombo teria recebido R$ 9,3 milhões negociados com dois executivos da Odebrecht em campanhas eleitorais como caixa dois. Segundo parecer do Ministério Público Federal, Colombo teria recebido R$ 2.310.000 nas eleições de 2010 e R$ 7 milhões na de 2014.
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Em dezembro de 2017, o STJ autorizou inquérito para investigar Colombo. A investigação, aberta a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), queria apurar menção ao governador em planilhas apreendidas durante uma das fases da Lava Jato e que apontam repasses da construtora a políticos.
Em nota, o governador licenciado voltou a ressaltar que a denúncia não abrange o crime de corrupção passiva. Ele também alegou que vai se defender da denúncia de caixa 2 nas campanhas de 2010 e 2014. A denúncia ainda precisa ser aceita pelo STJ para Colombo se tornar réu.
Apesar de citados, não houve denúncia contra quatro pessoas relacionadas no documento: o ex-secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, os diretores da Celesc Ênio Andrade Branco e José Carlos Oneda e o assessor da secretaria da Casa Civil, André Agostini Moreno.
Gavazzoni, após abrir mão do cargo de secretário para trabalhar em sua defesa, divulgou uma nota sobre não ser mais investigado no processo. Agradeceu o trabalho competente da Polícia Federal e dos Procuradores do Ministério Público Federal. “Felizmente a justiça não falhou”, disse o ex-secretário na divulgação.
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*Com apoio do Diário Catarinense
Ouça a reportagem de Leandro Lessa: