Vai ter Copa. E se inicia às 17h da próxima quinta-feira. Óbvio? Nem tanto.
Continua depois da publicidade
Na incerteza que tem marcado a Copa do Mundo no Brasil não é demais ser óbvio. Para nosso constrangimento, alguns visitantes terão de atravessar poças d’água ou cruzar tapumes para chegar aos estádios. Outros caminharão quilômetros e quilômetros, pois o transporte prometido em 2007 não foi entregue – como costuma ocorrer no Brasil.E imagino que alguns nem conseguirão embarcar rumo às cidades desejadas, pois certamente haverá problema em voos e aeroportos.
É uma pena. Não era nada disso que imaginávamos quando celebramos a decisão da Fifa de escolher o Brasil como sede. Naquela época, com o Brasil sendo ovacionado em esferas mundiais, políticas e econômicas, acreditávamos que a Copa seria a redescoberta do país, o início de uma nova era de prosperidade do povo brasileiro.
Por isso que desde 2007 o Grupo RBS apoia a realização da Copa do Mundo de futebol no Brasil. Por isso que há sete anos a empresa se prepara para este que é considerado o maior evento do planeta. Paciência.Se o governo brasileiro não foi capaz de se preparar, nós estamos prontos para tentar oferecer a melhor cobertura possível.
A edição impressa de hoje do DC é a principal mostra de que, sim, a partir de agora o assunto Copa passa a ser predominante. Não é incumbência exclusiva da editoria de Esportes, mas de uma grande força-tarefa reunindo todas as áreas do jornal – política, economia, entretenimento, arte, diagramação, motoristas etc.
Continua depois da publicidade
Futebol é só o pano de fundo de uma Copa, e assim será tratado na cobertura dos nossos jornais. Copa vai muito além da bola rolando e por isso, por exemplo, o irreverente Cacau Menezes embarca na próxima quarta-feira para acompanhar todos os movimentos na órbita da Seleção Brasileira. Cacau não viaja para cobrir treinos ou para descrever o esquema tático de Felipão, embora não esteja proibido de entrar nessa seara. Ele viaja para jogar um olhar catarinense sobre o mais charmoso time de futebol do mundo em meio ao maior espetáculo da Terra. E com certeza Cacau será um ímã de atração dos catarinenses que estarão próximos à Família Scolari, por cidades, hotéis, estádios.
Para um olhar um pouco mais focado no futebol – mas também não restrito a ele -, o colunista Roberto Alves e o editor e blogueiro Marcos Castiel foram escalados para acompanhar a estreia da Copa, ao vivo, no Itaquerão, na próxima quinta. Além de cobrir in loco alguns dos jogos, Castiel coordenará a grande força-tarefa, com a missão de fazer da Copa uma leitura agradável sobre cultura, geografia, comportamento, gastronomia, história… e futebol. Posso afiançar que Castiel e equipe prepararam um bufê diversificado para o leitor se servir à vontade, envolvendo a visão das mulheres, personalidades catarinenses, infográficos, opinião, serviço, dicas, perfis, análise esportiva, política e econômica da Copa, além da extensão online com games, interatividade e a cobertura instantânea da reação do povo brasileiro ao grande evento que se inicia.
Como coordenador editorial da cobertura do Grupo RBS inicio na próxima terça-feira meu mergulho na Copa, com primeira escala em Porto Alegre, sede da cobertura da Liga dos Fanáticos – a marca RBS desta Copa. Meu roteiro até 13 de julho é totalmente incerto, como a própria Copa: haverá manifestações? Elas serão dominantes? A bola rolando fará o restante ser esquecido? Os craques vão reluzir? Será mesmo a Copa das Copas? Os jornalistas terão de usar laptop ou máscaras de gás?
Nunca uma Copa foi tão incerta. Talvez seja justamente por isso que estou sentindo este como um dos trabalhos mais desafiadores de uma carreira de quase três décadas.
Continua depois da publicidade