Uma banquinha de revistas no interior do Paraná trouxe Denilson Agostini, 36 anos, para Joinville há seis anos. Foi graças ao pequeno comércio de venda de publicações de seu avô que o paranaense e sua família descobriram os sebos.

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Hoje, Denilson é um dos comerciantes que se aventuram no ramo em Joinville, conquistado pelo número de leitores e apreciadores de CDs e DVDs de que a cidade dispõe. O empresário, que chegou a trabalhar com uma distribuidora de combustíveis, resolveu seguir o caminho iniciado pelo avô, depois pelo tio, primos e foi o primeiro entre seus quatro irmãos a montar o próprio sebo, em 2002.

Hoje, a família soma quase 30 estabelecimentos de venda e compra publicações, discos e DVDs novos e usados nos Estados do PR, SP e SC. Denilson nasceu em Apucarana (PR), trabalhou em Goiânia e estreou no ramo de sebos em Limeira (SP). Na procura por expandir os negócios, encontrou Joinville como um cenário promissor.

– Joinville é uma cidade culta, tem um público eclético. Muitos vêm toda semana à procura de materiais sobre a guerra e a história da cidade – conta o empresário.

Logo que montou o sebo Universo Cultural, no Centro, próximo à praça Nereu Ramos, resolveu deixar a matriz de Limeira nas mãos do cunhado e partiu de mudança para a cidade catarinense. Pouco tempo depois, sua mulher Adriana também se mudou.

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– Não pensamos em sair daqui, gostamos muito das pessoas e da tranquilidade da cidade – comenta.

Os clientes fiéis de Denilson sabem que a organização e a limpeza são características principais do estabelecimento. No Universo Cultural não há pilhas de livros amontoados, todos estão em prateleiras ou enfileirados alinhadamente nos balcões.

O paranaense é apaixonado pelos DVDs de musicais e filmes e se divide quando aparece algum exemplar difícil de encontrar: deixar disponível para venda ou juntá-lo à coleção pessoal?

– Normalmente, assisto em casa e depois coloco à venda. Tenho uma coleção só de 200 DVDs – afirma.

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No sebo, Denilson tem mais de 15 mil, que dividem espaço com os 50 mil livros. Ele recebe materiais novos todos os dias, e em muitos deles encontra cartas trocadas entre familiares, flores e fotografias antigas.

Entre as raridades da loja está uma edição de 1939 de “Minha Luta”, de Adolf Hitler. O livro amarelado de uma das primeiras traduções em português foi vendido a Denilson há algum tempo, e ele está à procura de um dono que desembolse R$ 400.