Santa Catarina chegou a 80.810 casos de dengue confirmados neste ano, conforme divulgou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica estadual (Dive-SC) nesta quarta-feira (5). O órgão de saúde chamou a atenção para o fato de a doença se manter com alto patamar de novas ocorrências mesmo no inverno, estação iniciada no último dia 21 de junho, o que é incomum.

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O Aedes aegypti, transmissor da enfermidade, lida melhor com estações quentes, quando encontra condições ideais para se proliferar com dias chuvosos e de altas temperaturas.

— No mês de junho, foram registrados mais de 4 mil casos de dengue aqui no estado. Então, mesmo no período que teoricamente seria de baixas temperaturas e de menor transmissão, nós temos observado que os casos têm se mantido em números elevados aqui em Santa Catarina — afirma a pesquisadora e bióloga Tharine Dal-Cim, da Dive-SC, conforme divulgado pelo órgão.

Ela faz a ponderação, no entanto, de que o estado tem tido condições climáticas também incomuns. Desde a metade final do outono, quando o frio deveria se intensificar, Santa Catarina teve veranicos. Isso exige, segundo Dal-Cim, cuidados equivalentes aos que são tomados no verão.

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— Considerando as temperaturas que não têm sido tão baixas e esse período de chuvas que temos enfrentado, é importante que a população mantenha os cuidados, eliminando os criadouros [do mosquito transmissor] — explica também a bióloga da Dive-SC.

O boletim mais recente do órgão de vigilância sobre as doenças causadas pelo Aedes aegypti ainda indicou que Santa Catarina tem 36.093 casos suspeitos de dengue, que carecem de eventual confirmação.

O estado também já confirmou, do dia 1º de janeiro à última segunda-feira (3), 77 mortes por dengue, seis a mais do que o número registrado no boletim passado, de 26 de junho. Naquela ocasião anterior, eram 74.580 casos confirmados da doença em Santa Catarina.

A Dive-SC ainda subiu para 43 o número de casos confirmados de chikungunya neste ano. Já desde o início de junho, essa é a pior temporada para a doença no estado em sete anos. Contudo, ao menos não houve óbitos pela enfermidade.

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O órgão de vigilância epidemiológica também monitora a zika, outra doença transmitida pelo Aedes aegypti e que não teve confirmações até aqui.

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