A dengue está em processo de desaceleração em Santa Catarina depois de quebrar recordes em 2022. O novo boletim epidemiológico, divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) nesta sexta-feira (29), aponta a diminuição do número de novos casos da doença nos últimos sete dias.
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De acordo com análise da bióloga Tharine Dal-Cim, da Dive/SC, a tendência natural é que a quantidade de novas notificações, de casos e focos do mosquito continuem em retração até o fim do inverno.
— Na última semana, tivemos só 21 novos casos confirmados de dengue. Em comparação, neste ano, já tivemos semanas com mais de 300 novos casos — analisou a bióloga.
Apesar de a dengue ser sazonal e o mosquito se reproduzir menos no inverno, a profissional alerta que cuidados ainda são necessários para evitar a transmissão da doença.
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— Mesmo se não tiver mosquito voando, tem que ter cuidado com os ovos que podem estar no ambiente. Se as condições forem favoráveis, os ovos podem eclodir e mais mosquitos adultos vão surgir e podem transmitir a dengue.
A doença se tornou um grave problema de saúde pública ao longo de sete meses. Em 2022, o número de casos confirmados aumentou 312% em comparação com o ano passado.
No total, 78.267 pessoas foram diagnosticadas com dengue neste ano e 91 casos foram considerados graves pelas equipes de saúde.
Segundo boletim da Dive/SC, mais dois pacientes morreram por complicações da dengue na última semana. Até quarta-feira (27), Santa Catarina registrou 89 óbitos pela doença e outras quatro mortes estavam em investigação.
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Desde o começo de 2022, o Estado já registrou 51.744 focos do mosquito. O número é 14,6% maior que a quantidade detectada em todo ano anterior.
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