A Vigilância Ambiental confirmou o aumento de casos de dengue em Joinville. São 42 pessoas diagnosticadas apenas neste ano e que contraíram a doença dentro da cidade (autóctones). Os dados do município ainda mostram mais oito casos importados e outros 32 suspeitos aguardando pelo resultado dos exames.

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O número total de casos de dengue em 2020 já é 177% maior do que o acumulado de todo o ano passado. Em 2019, foram 18 casos, sendo quatro autóctones e 14 importados, de pessoas que contraíram a doença fora do município. Também foram registrados três casos importados de febre chikungunya.

Os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, também já estão acima do número registrado no mesmo período do ano passado. Desde janeiro até início de março já são 1.322 focos, o que representa 39,7% de todos os casos registrados em 2019. O ano passado fechou com 3328 focos na cidade.

Os bairros com o maior número de focos neste ano são: Aventureiro (110), Boa Vista (91), Comasa (87), Itaum (78) e Jardim Iririú (57).

Vigilância faz aplicação de veneno

A Vigilância Ambiental começou nesta terça-feira (3) uma nova ação de combate ao mosquito Aedes aegypt nos bairros onde há a transmissão ativa do vírus da dengue. Um carro identificado com a logo da Secretaria da Saúde de Joinville vai fazer a aplicação de adulticida (veneno que combate o mosquito adulto) na região do bairro Jarivatuba.

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Na manhã de quarta-feira (4), a partir das 5 horas, a aplicação também será iniciada no bairro Comasa. Caso chova, a ação pode ser adiada. A ação de combate é uma nova medida para conter a disseminação do vírus da dengue.

— A aplicação do veneno é mais uma medida de combate do vetor, devido ao alto número de pessoas confirmadas com dengue dentro da cidade. Mas esta ação não terá efeito se os moradores não eliminarem a água parada em suas residências, pois o mosquito está se criando nas casas — alerta Nicoli dos Anjos, coordenadora do Serviço de Vigilância em Saúde.

Sintomas, transmissão e prevenção

Os sintomas da dengue são febre alta, náuseas e vômitos, dor de cabeça e no fundo dos olhos, manchas vermelhas na pele, mal-estar e cansaço extremo, dor abdominal, nos ossos e nas articulações. No caso do aparecimento dos sintomas da doença, a pessoa com suspeita deve procurar atendimento em uma Unidade de Saúde.

O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso.

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A fêmea do mosquito também pode depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias. Para quem tem a suspeita de algum foco do mosquito, basta ligar para a Ouvidoria da Prefeitura de Joinville, no telefone 156, e fazer a denúncia.