Dengue e doenças respiratórias pressionam sistema de saúde de Joinville

Com mais de 1 mil casos de dengue e maior procura de pacientes com doenças respiratórias, a saúde de Joinville registrou superlotação nesta semana. Com a pressão no sistema público, o governo municipal formou um gabinete de crise na quarta-feira (22) para enfrentar a situação. De acordo com a prefeitura, somente na terça-feira (21), as três Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), hospitais e postos fizeram mais de 2,3 mil atendimentos. O número representa um aumento de 35% na procura por consultas.

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Em pelo menos duas ocasiões, houve queixas de demora em unidades de saúde da cidade. Na segunda-feira (20), pacientes da UPA Leste enfrentaram filas e horas de espera. Dois dias depois, mais de 500 crianças ficaram aguardando atendimento no Hospital Infantil. Uma família chegou a criar uma vaquinha para conseguir o tratamento.

Na reunião de quarta-feira (22), quando foi decidido formar o gabinete de crise, foi determinado que a atuação seja feita em duas frentes: ampliação da capacidade de atendimento e novas estratégias para o enfrentamento da dengue. Conforme havia antecipado o colunista Jefferson Saavedra, no entanto, não há ainda medidas anunciadas, já que a formação do gabinete visa buscar soluções.

A força-tarefa na saúde havia sido formada pela última vez no início do ano passado por causa do aumento de casos de Covid e influenza.

Preocupação maior é com a dengue

Desde o início deste ano, foram confirmados 1,1 mil casos de dengue em Joinville. Os bairros com mais incidência de casos são Comasa (191 casos), Nova Brasília (107 casos), Floresta ( 94 casos), Bom Retiro (86 casos) e Jardim Paraíso (82 casos).

Nas últimas duas semanas, a média foi de aproximadamente 50 novos casos confirmados por dia. A explosão de casos foi na semana do dia 10, quando 328 casos foram confirmados. Do total, cerca de 20% dos casos são em crianças e adolescentes.

Desde janeiro, segundo a prefeitura, a equipe da Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde identificou e eliminou 3,9 mil focos do mosquito Aedes aegypti. Os bairros com mais incidência de casos são Aventureiro, Vila Nova, Floresta, Jardim Paraíso e Nova Brasília.

No dia 17 de março, foi confirmada a primeira morte por dengue em Joinville. A vítima trata-se de uma jovem de 26 anos. No ano de 2022, 19 pessoas perderam a vida em função de dengue no município, e 21,3 mil pacientes foram infectados.

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