Demolição de cancha de bocha em São José causa revolta de moradores

A demolição de uma cancha de bochas na Beira-mar de São José na manhã desta terça-feira (22) causou indignação aos frequentadores do local, que protestaram pouco antes das 8h. O espaço, construído há 12 anos, era frequentado por centenas de pessoas, principalmente idosos, até ser derrubado pela prefeitura.

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A prefeitura de São José informou que a área era usada de forma irregular e o município pretende tornar de uso público. 

Segundo o presidente da Associação de Bocha de São José, Vilmar Cabral, poucos itens puderam ser retirados antes que as paredes viessem ao chão. 

– Conseguimos salvar uma geladeira, umas cadeiras, bolas de bocha… Eles chegaram cedo com uma retroescavadeira e demoliram tudo – lamentou Cabral. 

Conforme Cabral, a Associação tem 237 associados e ao menos 500 pessoas frequentam diariamente o espaço, que funcionava como uma área de lazer, sobretudo para terceira idade. 

– Tinha pessoas com 80 anos que estavam sempre aqui com a gente, jogando dominó, canastra, bocha. Inclusive para-atletas treinavam bocha aqui. Nos fins de semana, vinha gente de Barreiros, de Palhoça, porque era um espaço não só para os associados, mas para todos que quisessem participar – contou o presidente. 

A cancha foi doada pela prefeitura, segundo Cabral, mas, com a ajuda da associados, foram feitas diversas melhorias, um investimento de aproximadmente R$ 100 mil. 

– Há 40 dias, recebemos uma notificação para sair, mas entramos com um pedido na justiça para permanecer aqui. A Justiça indeferiu e agora está tudo demolido e não temos (a Associação) para onde ir – relatou. 

Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura divulgou a seguinte nota:

“(…) A área vinha sendo ocupada de maneira irregular pela Associação de Bocha de São José, visando fins particulares. A entidade tentou impedir a demolição na via judicial sem sucesso. Esgotados os prazos em processo administrativo, o Municipio colocou por terra as instalações após o prazo de 40 dias com objetivo de devolver a área para uso público.”.

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