Quando a democracia e a governabilidade, alicerces das sociedades comprometidas, esfacelam-se a olhos vistos, cabe a cada cidadão responsável declarar apoio a iniciativas atuais e futuras contra as forças que denigrem a nação. O cerne da reação está em expor a indignação em visível ebulição, que não é só do povo contra a corrupção institucionalizada, a incompetência administrativa e a irresponsabilidade vigente, mas de todas as classes que têm princípios, decência e compromisso com a verdade.

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Uma grande quadrilha detém o poder. Em reuniões palacianas, tramam contra a nação brasileira. Quatorze anos de populismo dilapidaram o patrimônio público amealhado com o fim da inflação galopante, que corroía a economia e cerceava a vontade represada de consumo. Estamos à mercê de um grupo que despreza o trabalho, adora a procrastinação, deturpa a verdade, desconhece a responsabilidade e prima pela incompetência em todos os níveis.

Nas ruas, o povo, desesperançoso, busca com olhar vazio o horizonte, de onde espera surgir algum resquício de verdade, a mesma que se esvanece nas palavras de autoridades que deveriam ser exemplo. Sobrevivemos premidos por juros abusivos, que impedem a poupança e o planejamento de uma vida digna.

O crime assumiu o poder pela democracia, valendo-se do Estado de Direito, protegendo-se sob o foro privilegiado, serpenteando-se entre recursos e a inépcia da Justiça, para, propositadamente, engendrar o caos e semear a desconfiança entre compatriotas.

Desvios bilionários são muros a impedir o desenvolvimento. Enquanto escândalos estiverem vindo à tona, pouco se poderá fazer, pois o rito processual exige provas e criminosos de colarinho branco especializaram-se em camuflá-las.

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Cada cidadão brasileiro que se compromete com a mudança é uma pedra contra a vergonha insuportável. Não podemos continuar subservientes. Exigimos o Brasil de volta. Estamos perdendo o país para o crime. Corta-nos o coração vê-lo ajoelhado e ferido de morte.

A coragem e o sangue de heróis do passado estão vivos em cada brasileiro. Não há missão mais nobre do que lutar pela pátria.

*Carlos Alberto Lima é militar aposentado e vive em Florianópolis

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