Uma demissão em massa em Gaspar mobiliza a Polícia Militar nesta quarta-feira (28). A empresa responsável pela ampliação de uma subestação de energia elétrica demitiu mais de 20 funcionários após uma paralisação de colaboradores que reivindicavam melhores condições de trabalho.
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A empresa Tabocas tem cerca 280 servidores atuando na obra em Gaspar. Todos pararam as atividades na segunda-feira (26) e cobram o pagamento do dissídio, insalubridade e um espaço adequado de alojamento.
Atualmente, segundo relato dos próprios funcionários, cerca de 200 empregados vivem em um prédio alugado com apenas três banheiros, sem cozinha e com problemas na rede de luz, obrigando o banho frio. Muitos vieram da região Nordeste do Brasil.

Um dia após a paralisação, a empresa fez a demissão por justa causa de 22 funcionários, depositou um valor nas contas dos servidores referente aos dias trabalhados no mês e orientou que deixassem o alojamento conjunto e voltassem para casa, contam os trabalhadores.
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A PM interveio na terça-feira e uma reunião ficou marcada para tentar resolver o impasse nessa quarta.
Os funcionários dizem que a empresa afirmou que sindicato da categoria e Ministério Público do Trabalho participariam da conversa, mas isso não ocorreu. Encarregados e advogados da Tabocas falaram com os servidores e depois vários deles deixaram o local a pé dizendo que iriam atrás dos direitos trabalhistas.
O Ministério Público do Trabalho informou que abriu uma investigação para apurar o caso.
Contrapontos
A empresa Tabocas não confirma, porém também não nega a demissão em massa e diz que a paralisação é ilegal, e que o pagamento do reajuste está previsto na data-base para este mês. Afirmou que os servidores têm, inclusive, benefícios além dos previstos em convenção coletiva.
A ampliação da subestação de Gaspar é uma obra pública federal, de responsabilidade do Ministério de Minas e Energias. O órgão não se manifestou sobre a situação até a publicação desse texto.
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