A demissão de uma funcionária da Secretaria de Assistência Social de Santa Cecília, Meio-Oeste catarinense, virou alvo de uma investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). De acordo com a promotoria, o desligamento teria ocorrido após a mulher denunciar que um serviço de acolhimento estava servindo alimentos com prazos de validade vencidos. 

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A situação ocorreu na Casa Lar, que recebe crianças e adolescentes na cidade. O Conselho Tutelar fez uma vistoria do local, que comprovou que tinha comida vencida nos estoques. Dias depois, segundo o MP, a mulher, que trabalhava como cuidadora na unidade, foi exonerada do cargo. 

A funcionária, então, procurou a promotoria, alegando que foi demitida por motivos ilegítimos. Por conta disso, foi instaurado um inquérito civil para apurar o suposto caso de improbidade administrativa. 

Imagens e conversas em um aplicativo de mensagens estão sendo analisadas para verificar se o motivo da demissão teve relação com a denúncia ou se foi por outras causas. 

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— Essa pessoa nos procurou para fazer essa denúncia grave, e estamos avaliando eventuais provas para averiguar se o princípio da impessoalidade foi violado, buscando sempre o estabelecimento da justiça — diz o promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva.

AInda de acordo com o MP, há um procedimento administrativo instaurado para acompanhar o funcionamento da casa de acolhimento. 

A prefeitura informou ao Diário Catarinense que não irá se pronunciar sobre o assunto no momento porque não foi notificado sobre a ação. Caso isso ocorra, o município deve comentar o caso nos autos do processo. 

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