O Everton, de Liverpool, confirmou nesta segunda-feira a demissão do técnico Frank Lampard, que já era esperada depois da série de resultados ruins que o clube tem vivido nesta temporada. Em 14 jogos, os Toffees perderam 11 e estão em 19º na Premier League. A última dessas derrotas foi contra o West Ham neste sábado, por 2 a 0. Lampard estava no comando do Everton desde 31 de janeiro de 2022, ou seja, quase um ano atrás.

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A demissão era esperada, pelo que tem sido a temporada, e sem dúvida é um ponto negativo na carreira do treinador, mas também coloca dúvidas sobre o trabalho que tem sido feito no Everton. Tanto que os torcedores têm feito protestos contra o dono do clube, Farhad Moshiri, e contra o presidente, Bill Kenwright.

Curiosamente, Moshiri estava no London Stadium, estádio do West Ham, para ver o Everton, algo raro de acontecer. Mais do que isso: ele deixou o estádio dizendo que a decisão sobre o futuro de Lampard não estava em suas mãos. A diretoria do Everton se reuniu no domingo para definir o futuro e decidiu pela demissão de Lampard. Ele foi avisado da sua saída nesta segunda-feira.

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Sua posição era considerada crítica há algum tempo. A derrota no Boxing Day para o Wolverhampton, que era, então, o lanterna, deixou o treinador em maus lençóis. Desde então, veio o empate diante do Manchester City fora de casa, um resultado surpreendente, e depois derrotas para o Brighton, para o Manchester United na Copa da Inglaterra e para Southampton e West Ham, no último sábado.

A demissão é um ponto negativo na carreira de Lampard. Treinador do Derby County e depois do Chelsea, ele teve dois trabalhos bem diferentes entre si. O ótimo trabalho no Derby contrastou com um trabalho que não foi tão bom no Chelsea e foi bem difícil, em meio a uma transição. No Everton, ele não conseguiu estar à altura, teve problemas causados também pela diretoria, mas dentro de campo não conseguiu encontrar soluções.

A demissão de Lampard significa que são seis treinadores demitidos em sete anos de gestão. Os dois principais nomes cotados neste momento são o austríaco Ralpha Hasenhüttl, ex-Southampton, e o inglês Sean Dyche, ex-Burnley, dois nomes.

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Hasenhüttl foi demitido pelo Southampton em novembro – os Saints estão atualmente em último na tabela, o único em pior situação que o Everton. Ele foi considerado após a demissão de Rafa Benítez, em janeiro de 2022, mas optaram por Frank Lampard, um nome que agradava mais a torcida.

Sean Dyche é um nome bastante conhecido na Premier League. Com 51 anos, trabalhou apenas em dois clubes na carreira: no Watford, de julho de 2011 a julho de 2012, e depois no Burnley, onde ficou de outubro de 2012 a abril de 2022, poucos meses antes de completar 10 anos no cargo. Ambos estão acostumados a lidar com a situação que o Everton está no momento, brigando contra o rebaixamento.

Em termos de gestão, o Everton vive um momento muito ruim. O clube está construindo um estádio orçado em £ 550 milhões, que está em construção. O clube tem tido um balanço negativo nas suas contas e um rebaixamento na Premier League seria desastroso em termos financeiros.

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Embora a torcida não estivesse tão ativa em protestos contra Lampard, também não dava mais para defender o seu trabalho. A torcida, em sua maioria, parece entender que o problema é maior que o técnico e por isso que os protestos são direcionados mais à diretoria do que a Lampard ou aos jogadores. Mas será preciso trabalhar muito bem, incluindo no mercado de transferências de janeiro. Com 15 pontos, mesma pontuação do Southampton, a briga contra o rebaixamento será bastante difícil.

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