Ganha força nos bastidores da política de Santa Catarina a possível volta do deputado federal João Paulo Kleinübing (PSD) ao DEM, que abriu diálogo com o parlamentar de olho nas eleições de 2018. Embora afirme que as conversas são iniciais, a presidência demista no Estado admite que o cenário já não é mais de pura especulação.
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Com forte identificação com a sigla, Kleinübing ganharia um papel de destaque dentro do partido. A carreira do hoje pessedista iniciou no PFL, em 1999, seguindo os passos do pai, o ex-governador e ex-prefeito de Blumenau, Vilson Kleinübing. Eleito pela primeira vez em 2002, para o cargo de deputado estadual, ele continuou filiado quando o nome mudou para DEM em 2007. Somados os períodos com as duas nomenclaturas, foram 12 anos sob a mesma bandeira – sempre entre os líderes do partido -, até a troca para o PSD em 2011.
O presidente do DEM em SC, Paulo Gouvêa da Costa, diz que é inegável a relação entre João Paulo e o partido e que tem convicção que o retorno do deputado federal à sigla “faria bem aos dois”.
– Há o desejo do DEM e a gente tem sentido que há receptividade. Até porque há uma identidade ideológica, programática, o estilo de fazer política. Se vier, será recebido com tapete vermelho – declara.
Kleinübing confirmou que as conversas existem, mas não quis se manifestar sobre a trocar de partido. Apenas classificou as discussões como “naturais para o período”. Além dele, outros deputados federais do PSD também estaria sendo sondados para a migração, buscando o fortalecimento do DEM catarinense no ano que vem.
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Na segunda-feira, houve uma reunião na Casa d’Agronômica entre Kleinübing, o governador Raimundo Colombo (PSD) e os também deputados federais pessedistas Cesar Souza e João Rodrigues. Oficialmente, o encontro foi pautado pela avaliação da atuação da bancada na Câmara e projeção para o segundo semestre.