Um dos serviços que mais se intensificou com a pandemia foi o delivery. Antes, comum principalmente a restaurantes, a tele-entrega passou a ser adotada por supermercados catarinenses e, hoje, nove das 10 maiores redes presentes no Estado mantêm canais de compras digitais, segundo levantamento da Associação Catarinense de Supermercados (Acats). 

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Após a pandemia, supermercados catarinenses pesquisados pela Acats registraram crescimento médio de 110% em canais de vendas não presenciais, incluindo tele-entrega através de redes sociais, aplicativos e e-commerce direto.

É o caso da Rede Hippo que está presente na Grande Florianópolis com duas unidades no Centro e uma em Coqueiros, na Capital, e uma na Pedra Branca, em Palhoça. Antes da pandemia os supermercados da rede tinham o delivery com participação de 4,5% no faturamento. Durante a pandemia esse número chegou a 20%. Hoje, apesar de uma queda, a tele-entrega ainda representa 10% do faturamento. 

— Trabalhamos na melhoria do nosso e-commerce, que foi um canal que explodiu em demanda de um dia para outro, no início da pandemia da Covid-19. A empresa cresceu em cinco vezes o faturamento por este canal de vendas nos primeiros meses pandêmicos, que representou uma oportunidade em compensar a queda de faturamento da loja física naquele momento. Muitos clientes que não tinham o hábito de comprar por este canal, passaram a usá-lo — relata Josiano Saqueti, Diretor Comercial da Rede Hippo. 

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Para manter o canal atrativo, a rede continua investindo no aprimoramento do sistema de delivery:

— Acreditamos em diferenciações como a melhoria em questões de entrega, disponibilidade de faixas de horários, qualidade, redução do tempo de entrega da compra. Lançamos o serviço express que, dentro de um raio de atuação e vinculado a um mix específico de produtos, consegue realizar a entrega em até duas horas após a compra ser efetuada.

Rede Hippo aprimorou o serviço de delivery durante a pandemia na Grande Florianópolis
Rede Hippo aprimorou o serviço de delivery durante a pandemia na Grande Florianópolis (Foto: Tiago Ghizoni, DC)

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Delivery veio para ficar

A mudança de hábito durante a pandemia acabou se tornando rotina na vida da Joana Heidrich, 25 anos, de Timbó, no Vale do Itajaí. Ela relata que apesar de adorar ir ao mercado físico, perdia muito tempo, e hoje é usuária fiel dos aplicativos de delivery.

— Antes da pandemia eu ficava até duas horas andando em todos os corredores, vendo todas as marcas, e as opções. Depois que veio a pandemia, as idas ao mercado ficaram mais limitadas e eu adotei o sistema de delivery. Hoje eu dia eu só vou no mercado pra fazer as comprar grandes, com bastante produtos de limpeza — relata.

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— Como eu cozinho muito, faço almoço para mais de quatro ou cinco pessoas todos os dias, e ainda faço jantar, às vezes, o aplicativo acaba sendo muito mais útil do que cada vez que eu preciso de alguma coisa pontual ir ao mercado. Por exemplo, estou fazendo almoço, preciso de uma cebola e arroz: ao invés de desligar o fogo, parar tudo o que estou fazendo pra ir ao mercado, eu peço delivery — completa.

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Por conta de pessoas como a Joana, que adotaram o delivery para otimizar tempo no dia a dia, mais empresas estão investindo em implantar ou aprimorar as vendas pelos canais digitais. É o caso da rede de supermercados Imperatriz, que tem 21 unidades em Santa Catarina e tem previsão para abrir a primeira loja em Joinville neste mês. 

A rede começou a trabalhar com delivery no final de 2021 e, atualmente, as compras online podem ser feitas em três lojas: Jurerê e Gama D’Eça, em Florianópolis, e na nova unidade da Avenidade Presidente Kennedy, em São José. Segundo Vidal Lohn Filho, diretor de Expansão e Marketing do Imperatriz, o objetivo é ampliar esta forma de compra para outras cidades em breve.

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