Ele comanda o barco Federação Catarinense de Futebol desde 1985. Delfim Pádua Peixoto Filho navega nas águas revoltas do futebol Brasileiro, sem naufragar, há 30 anos.
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E leva sua acanhada embarcação Santa Catarina a navegar firme, ameaçadora e combativa, em mares onde verdadeiros porta-aviões como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul gostariam de dominar o cenário.
E, se as naus de Delfim povoam a elite com Figueirense, Chapecoense, Joinville e Avaí, agora o longevo capitão teve sua importância reconhecida na capitania da CBF.
Delfim foi empossado hoje vice-presidente na entidade (hoje foi a posse oficial de Marco Polo del Nero como presidente da CBF).
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E Delfim promete chegar à entidade para fazer a diferença e mexer com o atualmente combalido futebol brasileiro:
– Vamos passar uma borracha no que está aí, o mundo está mudando e nós temos que mudar também – garante o dirigente.
Mudar para que rumo? Delfim explica:
– O futebol brasileiro vai sacudir, como está não vai se sustentar. A seriedade em todos os setores precisará ser a regra, a arbitragem vai continuar crescendo e a moralidade fiscal tende a ser um mantra para os clubes, para a sobrevivência de nosso futebol.
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O dirigente quer uma gestão democrática, em que os clubes sejam ouvidos e o gosto popular seja respeitado. Delfim garante ter como preferência os pontos corridos, mas não vai impor sua opinião:
– Este ano não pode mudar Série A, é uma questão de respeito ao que diz a lei. Inclusive tenho conversado bastante com os presidentes dos principais clubes e eles não falam comigo, aliás nem com a CBF sobre este desejo de mudar a Série A. Se surgirem ideias durante o ano, vamos avaliar, sempre defendi os pontos corridos, mas reconheço que partidas finais agradam ao povão ao torcedor. Mas destaco que, aqui no Brasil, os pontos corridos funcionam, com raras exceções os campeonatos são competitivos e emocionantes.
Delfim quer o Brasil caminhando para a excelência e para isso promete contribuir com a experiência catarinense:
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– O case de Santa Catarina não é fruto do acaso, nosso caminho foi construído aos poucos, com planejamento e se concretizou agora. E não para por aí. Claro que este ano teremos uma uma cartada importante, precisamos manter a representatividade e até aumentar caso o Criciúma suba, aí poderemos aos poucos minimizar a diferença econômica em relação aos grandes clubes.
E Delfim lembra:
– Alguns tratam SC como um estado pequeno, e territorialmente realmente é, mas o PIB é o sexto do Brasil, já estão aprendendo a respeitar nossa força econômica e de organização no futebol.
E o presidente acredita que temos mais a exportar:
– Nosso trabalho com arbitragens é para ser referência no Brasil. Vamos implantar a escola de arbitragem na nossa sede, mas temos um trabalho de renovação em todo o Estado. Instrutores da Fifa e da CBf estão constantemente no Estado para aperfeiçoamento. Acho que pode surgir a partir de nosso estado um padrão nacional de arbitragem, o trabalho que está sendo feito pode servir de exemplo, somos o único estado com cinco representantes Fifa.
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