Delegado regional Dirceu Silveira garante que caso Mara é prioridade em Joinville

O assassinato brutal de Mara Tayana Decker, encontrada morta em uma casa no bairro Guanabara, zona Sul de Joinville, na tarde de sábado, chocou os joinvilenses. A jovem, que estava desaparecida desde a madrugada de quinta-feira, foi morta por asfixia e esquartejada, segundo as primeiras informações da Polícia Militar.

O principal suspeito, Leandro Emílio da Silva Soares, se apresentou à delegacia na tarde desta segunda-feira. Ele foi denunciado pela própria mãe, que ligou para a polícia de Navegantes para informar que o filho havia cometido um assassinato na casa da família, em Joinville.

A reportagem de A Notícia conversou com o delegado regional da Polícia Civil, Dirceu Silveira Junior, na tarde desta segunda-feira, que garantiu que o caso é prioridade no momento.

A Notícia – O senhor está acompanhando de perto a investigação?

Dirceu Silveira Junior – A DIC (Divisão de Investigação Criminal) tem um delegado à frente da Divisão de Homicídios (Paulo Reis) que está cuidando do caso, se houver necessidade ele pode solicitar o auxílio de outro delegado, mas por enquanto o procedimento está bem encaminhado.

AN – Em três dias, Joinville registrou quatro homicídios. Como o senhor enxerga este cenário?

Dirceu – São questões circunstanciais. O crime de homicídio é o de mais difícil prevenção, porque se as partes envolvidas querem matar não há muito o que fazer. O homicídio pode ter origem passional, em uma discussão de trânsito, disputa entre grupos rivais. Diferentemente do crime de patrimônio (assalto ou furto), que são mais fáceis de prevenir.

AN – Como a família deve agir no caso do desaparecimento de um parente?

Dirceu – O desaparecimento de uma pessoa tem várias razões, pode ser voluntário ou involuntário. Santa Catarina conta hoje com uma delegacia estadualizada (com sede em Florianópolis) que atua exclusivamente na elucidação dos casos de desaparecimento. Quem convive e conhece bem a pessoa que desapareceu é quem melhor pode apontar os caminhos para a investigação. O que a gente solicita é que a família venha o mais munida possível de informações e, de preferência, traga uma foto recente, para que essa imagem possa ser reproduzida.