O delegado escolhido para comandar a Delegacia de Combate às Drogas (DECOD), inaugurada em Florianópolis nesta quinta-feira, é natural do Rio de Janeiro e tem como experiência justamente a investigação especializada nesse tipo de atividade ilícita.
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Antonio Cláudio Seixas Joca, 39 anos, atuou por oito anos como agente na Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Em Santa Catarina, trabalha há quatro anos como delegado, onde se destacou à frente de ações contra o tráfico no Norte da Ilha de SC e na equipe que identificou e prendeu mais de 100 pessoas do Primeiro Grupo Catarinense (PGC).
Confira os principais trechos da entrevista dada na tarde de quinta-feira na nova delegacia da Polícia Civil, no Centro de Florianópolis:
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Diário Catarinense – Hoje o que mais lhe preocupa são as áreas conflagradas?
Antonio Claudio Seixas Joca – A gente vai atacar não só essas áreas. Vamos fazer mapeamento desses locais. Alguns já vínhamos fazendo, não estamos começando do zero. Nos próximos seis meses, vamos conseguir desenvolver algum trabalho específico.
DC – Há alguns lugares onde o tráfico ocorre sem limites?
Joca – Sim. Temos comunidades no Maciço do Morro da Cruz, Norte da Ilha, Tapera, é público e notório (que vem acontecendo). A gente tem isso até noticiado na imprensa que está ocorrendo.
DC – A delegacia vai atacar os líderes do tráfico ou apenas bocas de fumo?
Joca – Tudo. Não vou ter um critério assim de seleção, não. Do pequeno ao grande vamos tentar atacar ao máximo todos eles.
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DC – E esses traficantes playboys, que fazem grande movimentação financeira e atuam com lavagem de dinheiro, também serão alvo?
Joca – Sim. Inclusive já conversei com o delegado Rafael Werlang da (divisão de) lavagem de dinheiro da Deic. Pretendemos fazer um trabalho em conjunto.
DC – Hoje a polícia sabe quem seriam os grandes traficantes de Florianópolis?
Joca – Alguns já começamos a mapear. Efetivamente, a gente vai começar a trabalhar agora voltada somente para o tráfico. Desde à época daquela força-tarefa da Deic (investigação dos atentados em SC), da época da 8ª DP, sempre fiz meu trabalho muito voltado para o tráfico de drogas. Não foi à toa que o meu nome foi escolhido para essa delegacia.
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DC – Alguns países estão legalizando a maconha. Qual a sua opinião a respeito?
Joca – Sou totalmente contra. Porque a maconha é a porta de entrada para as demais drogas e é desgraça para muitas famílias de brasileiros.