O delegado regional da Polícia Civil, Juarez de Souza Medeiros, prometeu novidades para os próximos dias sobre a investigação do triplo homicídio na Guarda do Embaú, em Palhoça.

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Ele se diz otimista com o esclarecimento em razão da intensidade de apuração da equipe local da Divisão de Investigação Criminal (DIC).

Ainda não há ninguém preso pelas mortes dos três jovens executados a tiros, Júlio Cesar Thibes, 25 anos, Augusto Moreira das Chagas, 22, e Gabriel de Oliveira, 15. Os corpos foram encontrados pela Polícia Militar enterrados nas dunas da Guarda do Embaú, na terça-feira. As pistas foram um boné sujo de sangue e três pás encontrados na região.

– Não tenho dúvida que esse caso será solucionado e nos próximos dias teremos novidades – afirmou o delegado no começo da noite desta quinta-feira.

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Medeiros afirmou que a polícia está em busca de provas para incriminar os principais suspeitos e pedir as prisões à Justiça. Um deles é um traficante da Ponte do Imaruim e da praia da Pinheira, de 28 anos, que tem antecedentes criminais e está sumido da região desde a semana passada.

Há dificuldades na materialização das suspeitas porque não existe testemunha. Depoimentos estão sendo tomados. O delegado responsável pela investigação, Marcelo Arruda, também está convicto de evolução da investigação, mas não dá detalhes.

A DIC de Palhoça conta com policiais experientes na investigação de assassinatos e tráfico de drogas. Há apoio de policiais da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis, que conhecem o histórico criminal do principal suspeito em outras apurações.

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A polícia também espera a ajuda da população da região da Pinheira e da Guarda do Embaú com denúncias anônimas, que podem ser feitas pelo telefone 181.

O suspeito número um do caso é investigado porque teria feito contato com Júlio Thibes no dia em que os rapazes desapareceram, em torno da venda de um terreno na Pinheira no valor de R$ 10 mil.

A polícia acredita que na verdade tratou-se de emboscada para roubá-los ou de negociação de armas ou drogas que acabou nas mortes do trio.

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Luto e revolta no Morro do Horácio

As mortes enlutaram os moradores do Morro do Horácio, na região da Agronômica, na Capital, onde residiam as vítimas. O clima ainda é de revolta, expresso principalmente na internet, em redes sociais de amigos dos jovens.

As mensagens são de tristeza geral, que houve covardia e que a justiça será feita. Também foram suspensos eventos por grupo da região ligado à música. Mensagens de ameaças a um dos suspeitos chegaram a ser postadas, mas foram retiradas na tarde desta quinta-feira.

Gabriel de Oliveira, 15 anos, um dos mortos, era filho de Rodrigo de Oliveira, o Rodrigo da Pedra, traficante do Horácio que está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

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Mesmo isolado no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em razão da acusação de envolvimento na onda de atentados em Santa Catarina, em fevereiro, Rodrigo foi informado por advogado do falecimento do filho.