Um mês após a chacina de uma família no bairro Aventureiro, em Joinville, a Polícia Civil ainda aguarda o resultado de laudos periciais e o depoimento de algumas testemunhas antes de finalizar o inquérito sobre a morte das cinco pessoas, o que deve ocorrer dentro de 20 a 30 dias.

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O delegado Dirceu Silveira Júnior, da Delegacia de Homicídios e responsável pela investigação, informou que recebeu o resultado dos exames cadavéricos. Eles comprovam que Roberto Pasqualin, 24 anos, foi o único membro da família a morrer apenas com golpes de faca. Os demais foram mortos a facadas e disparos de arma de fogo.

– O que se tem da investigação é a certeza de que o autor dos crimes foi o rapaz que, no final, acabou tirando a própria vida – afirmou o delegado.

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“Eu nunca vi algo assim em Joinville”, diz delegado que investiga chacina

Dirceu ainda aguarda o resultado do laudo balístico para comprovar que os disparos que atingiram Júlio César Pasquali, três anos, Aline Grasiela Dilkin, 25, Nereu César Pasquali, 53, e Cleci Aparecida Pasquali, 50, saíram da arma de calibre .38 encontrada na casa. Outro revólver calibre .40 também estava dentro da residência. O delegado informou que está verificando qual a origem das duas armas e acredita que não haverá surpresa no resultado do laudo balístico.

Outro documento que ainda não chegou às mãos do delegado é o exame toxicológico de Roberto, que pode informar se ele estava sob o efeito de alguma substância ilícita. Dirceu afirmou que não há informações sobre Roberto ter algum transtorno psiquiátrico. No entanto, confirma que o pai do rapaz realizava tratamento psiquiátrico, de acordo com testemunhas.

– Sobre a motivação do crime, quem poderia dizer alguma coisa seria o rapaz que tirou a vida da família toda ou a própria família, que poderia dizer se ele tinha alguma dependência – explicou.

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O que diz a polícia

– Todas as evidências no local apontam que Roberto cometeu os crimes e se matou.

– Ele usou arma branca (faca) e de fogo (revólver .38).

– As primeiras mortes ocorreram na cozinha da casa: lá, ele teria matado o filho e a mulher. Acredita-se que Roberto matou primeiro o filho, que faria quatro anos no dia 5 de dezembro, na cozinha da casa. Segundo o Instituto Médico legal (IML), a criança apresentava um corte profundo no pescoço e levou um tiro na cabeça. A mulher também foi morta na cozinha, esfaqueada no pescoço e baleada.

– Roberto saiu em direção à garagem. Segundo a polícia, havia vestígios, marcas de pegadas que evidenciam que somente ele saiu de dentro da casa em direção à garagem. Foi até o pai, que estava no local com a esposa preparando o churrasco. Roberto o colocou de joelhos e o matou com facadas e tiros. De acordo com o delegado, além de essa morte ter sido vista por testemunha, marcas nos joelhos da vítima confirmam a versão.

– A última vítima de Roberto teria sido a mãe, segundo a testemunha. Ele também a acertou com tiro e facada.

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– Depois, Roberto se matou com um corte profundo no pescoço. Ele também teria marcas de faca no peito.

– Roberto não tinha antecedentes criminais.