A discussão sobre flexibilizar ou não a posse de armas de fogo tem impacto sobretudo na segurança pública. A proteção pessoal é um dos argumentos dos defensores da proposta e foi citada inclusive pelo presidente Bolsonaro no discurso que sucedeu a assinatura do decreto nesta terça-feira.
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Em Blumenau, as autoridades da segurança pública ainda não asseveram se a mudança vai ou não alterar também a questão da segurança pública. O delegado regional da Polícia Civil de Blumenau, Egídio Maciel Ferrari, acredita que a mudança atende à decisão dada pela população no referendo de 2005 e que pode trazer critérios mais objetivos aos registros de armas.
Ele diz não ser defensor do porte e da liberação de armas, mas sustenta que a população deveria ter o direito de escolher se quer ou não ter uma arma. E, assim, caminhar para uma legislação que seja mais rígida com ameaças e crimes que envolvam o uso de arma de fogo, como ocorre em países da Europa.
– Não sei se vai trazer melhora ou piora (para a segurança), mas o que particularmente acredito é: não é que eu queira, mas vão acontecer naturalmente mais confrontos dentro de residências. Até hoje, as notícias que lemos, são de criminosos entrando nas casas, amarrando pessoas e elas não têm nenhum tipo de defesa porque os bandidos estão armados. O que pode vir a acontecer é um aumento desses confrontos. Nesses casos, a gente espera que quem saia vencedor são os donos de residência, a população de bem, e não os criminosos – defende.
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