Intensificar barreiras da Guarda Municipal para trazer sensação de segurança é uma das ações prioritárias do recém empossado secretário de Segurança e Gestão de Trânsito de Florianópolis, o delegado aposentado da Polícia Federal José Paulo Rubim Rodrigues, 63 anos.

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Ele assumiu o cargo na segunda-feira após a polêmica que envolveu o coronel Eliésio Rodrigues, ex-comandante geral da Polícia Militar. Eliésio foi nomeado pelo prefeito Cesar Souza Júnior, mas acabou exonerado em seguida depois de forte movimento de resistência de guardas municipais, que não aceitaram o coronel na função.

Rubim disse que irá procurar o comando da PM para atuar em ações integradas e acredita que conseguirá ter o auxílio necessário.

Rubim é o segundo delegado da PF a assumir a secretaria de Segurança de Florianópolis na gestão de Cesar Souza — o primeiro foi Raffael De Bona. Ele afirmou que o convite foi intermediado pela Associação dos Delegados da PF.

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Confira os principais trechos da entrevista dada na terça-feira:

Quais serão as suas prioridades?

Segurança e trânsito. Não vou resolver o problema da segurança. Tenho 150 guardas. Posso pegar 10, 12 e fazer três equipes, botar roupa de ostensiva, armamento, e com outra equipe de três, quatro da PM, fazer por exemplo uma barreira no Itacorubi. Quero transmitir sensação de segurança que a gente pode, não dar resolução dos crimes, isso não tem condição.

O senhor vai procurar os comandos das polícias para definir ações?

Sim, primeiro o secretário (da Segurança Pública, César Grubba) e depois os comandos da PM e da Polícia Civil. Se a PM me auxiliar, poxa, ‘tenho homens para botar lá’. Vamos procurar isso.

Como a Guarda Municipal vai atuar em sua gestão?

Vamos transmitir sensação de segurança para o cidadão que está na rua, com barreiras, por exemplo. Vou ser rígido na cobrança de relatórios das atividades dos guardas, fazer um maior acompanhamento dos trabalhos.

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Como resolver o problema do trânsito em Florianópolis?

Encontrei um setor pequeno (na secretaria), enxuto, mas que entende de trânsito, tem noção. Estou procurando explicações, por que isso funciona assim, assado. Não tem como espichar a ilha, botar os carros para fora. Tem que pensar conjunto em São José, Palhoça, no Continente e conviver com o que tu tens e tentar fazer com que as pessoas não se irritem tanto. Primeiro deve vir a educação. A solução ninguém tem, nem o governador tem. Eu deixo de ir à praia no verão porque não tenho saco. Outro dia fiquei duas horas trancado no segundo pavimento de um shopping porque não conseguia sair.

A SC-401 teve sete mortes este ano (cinco atropelamentos). Não seria interessante ao menos a prefeitura ajudar a instalar câmeras na rodovia?

A 401 é estadual, se eu disser que vou fazer fiscalização a PM sobe paredes. Temos central de monitoramento (de câmeras, em outros pontos da cidade). Quero ver se espalhamos em mais regiões, se a PM integra alguma das câmeras para o nosso sistema. Seria importante ter uma central de videomonitoramento na SC-401.

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E os radares fixos quando voltarão a funcionar?

Os radares estão suspensos, depende de licitação. Temos os radares móveis e muitos pedidos de lombadas e faixas de segurança, isso é coisa barata, vamos fazer. A questão da sincronia dos semáforos está para ser inaugurada.