A delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) do Rio de Janeiro, pediu à Justiça a soltura de Lucas Perdomo Duarte Santos, jogador de futebol do Boavista preso na última segunda-feira sob acusação de participar do estupro coletivo a uma adolescente de 16 anos, em uma favela da zona oeste do Rio. Segundo a delegada, não há razões para mantê-lo preso.

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— Não vejo indícios para mantê-lo preso. Isso não quer dizer que ele seja inocente ou não tenha nenhuma participação no crime, mas se tornou desnecessário mantê-lo preso — disse.

Um dos advogados do atleta, Eduardo Antunes, já havia apresentado à Justiça pedido da revogação da prisão do jogador.

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Nesta quarta-feira, Antunes levou à delegada uma amiga da vítima do estupro, a quem ela teria relatado que Lucas não participou do crime. A vítima, Lucas, Raí de Souza (outro preso acusado de participar do crime) e uma segunda menina teriam ido a um imóvel conhecido como “abatedouro”, no Morro da Barão, na zona oeste, após um baile funk.

Raí admitiu que teve relações sexuais — segundo ele, consentidas — com a vítima, enquanto Lucas fazia sexo com a outra jovem. Lucas afirma que foi embora em seguida, levando a outra menina, e não presenciou o estupro coletivo.

Na tarde desta quinta-feira, Lucas foi transferido da Cidade da Polícia, no Jacaré (zona norte), onde estava desde segunda-feira, para o complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste).

Outra prisão

A delegada pediu nesta quinta-feira à Justiça a prisão de mais duas pessoas envolvidas com o caso. Uma delas é Moisés Camilo de Lucena, de 28 anos, acusado de ser o homem que segurava a vítima quando ela despertou, durante a sequência de estupros. Ele já tem dez passagens pela polícia por crimes como tráfico, roubo e porte ilegal de arma. A delegada não informou quem é o alvo do segundo pedido de prisão.

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* Estadão Conteúdo