Catarinenses esperam desde 2008 pelo cumprimento de uma promessa do Estado para o avanço na resolução de desaparecimentos, que é a criação de uma delegacia especializada. A iniciativa foi aprovada por lei naquele ano, mas não saiu do papel. Outra pendência desde 2011 é a implantação de estrutura para a realização de exames e criação de um banco de DNA no combate ao crime.

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Questionado pela reportagem, o secretário de Segurança Pública do Estado, César Grubba, disse que ainda nesta semana será assinado o decreto que autoriza a implantação da delegacia de desaparecidos, que vai funcionar em São José, na Grande Florianópolis, para atender todo o Estado. O início das atividades é que ainda não tem data.

– A implantação está autorizada e assinada pela diretoria de assuntos legislativos da Casa Civil. Estamos aprimorando os registros que vão integrar o Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP). Qualquer informação poderá contribuir, inclusive, nas buscas a desaparecidos e de famílias nos casos de adoções ilegais – explicou Grubba.

O projeto do laboratório e banco de DNA, previsto pelo governo do Estado em 2011 para armazenar e cruzar perfis de suspeitos e criminosos está “em fase de testes”, segundo um dos coordenadores do sistema no Estado, Clineu Julien Uehara.

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Ele explica que profissionais estão sendo treinados e novos equipamentos de automação devem ser adquiridos para integrar SC ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, que engloba 18 estados brasileiros.

Em março, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto regulamentando a criação do Banco Nacional de Perfis Genéticos, para cadastrar condenados por crimes hediondos ou violentos, que também poderá atender a demandas de localização de desaparecidos.