A Delegacia de Pessoas Desaparecidas, sediada em Florianópolis e com atuação estadual, completou cinco anos esta semana.
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Um trabalho especializado em Santa Catarina que envolve milhares de casos, entre crianças, adultos, idosos, homens e mulheres.
Drama familiar
Policiais convivem diariamente com o drama das famílias, momentos tristes nas perdas e, nos reencontros, alegria e felicidade. Há ainda a questão social, o apoio e o auxílio na providência de documentos.
Há casos de outros Estados que também acabam envolvendo a equipe. No ano da criação, em 2013, havia no sistema da Polícia Civil 18,5 mil desaparecidos em Santa Catarina. Hoje constam 1.407 pessoas.
Ao longo desses anos, os cálculos são de que o Estado chegou a ter 28,5 mil pessoas dadas como desaparecidas. Só que a quantidade não representa os reais sumiços porque a grande maioria — estima-se em 95% — já foi encontrada ou reapareceu.
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— É muito difícil. Teve uma mãe que ela faleceu e buscava o filho há 30 anos. Não tem nenhum caso arquivado, findo, ou que a gente não busca. A gente busca por todos esses nomes todos os dias — afirma a agente Márcia Hendges.
Banco de dados
Houve um trabalho de reorganização do banco de dados no Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP) que permitiu essa diminuição do número de casos.
Outra novidade é uma ferramenta que bloqueia o nome da pessoa que estiver desaparecida no Sisp. A constatação se dá em caso de nova confecção de boletim de ocorrência.
O efetivo da delegacia é de quatro policiais e dois funcionários contratados.
— Atuamos com os casos do Estado em tempo real que chegam hoje para a gente, o trabalho nas redes sociais e as apurações de campo — diz o delegado titular, Wanderley Redondo.
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Pessoas nas ruas
Outro dado: mais de 700 pessoas em situação de rua foram identificadas nas abordagens e identificações feitas pelo Estado.
A equipe também auxilia em encaminhamentos de certidões de nascimento e identificação de cadáveres por meio dos processos da coleta de DNA de familiares de desaparecidos.
Sumiços misteriosos:
Alexandre Felisberto
Desapareceu no dia 22 de agosto de 2004, em Balneário Barra do Sul, litoral Norte. Tinha cinco anos. Um homem teria convencido Alexandre a dar uma volta com ele para comprar balas, sumindo com o menino.
Eliceia Silveira
Desapareceu em 18 de março de 1995, no bairro Agronômica, em Florianópolis. Saiu para comprar remédios em uma farmácia próxima. Tinha dez anos. Em 2002, uma criança foi apreendida em outro Estado e disse ser Eliceia. Era alarme falso.
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Joana Xavier
Desaparecida desde o dia 13 de março de 2011, quando saiu de uma casa de repouso em Canasvieiras, Norte da Ilha, em Florianópolis. Estava com 33 anos e sofria de depressão.
Fiorello Vidal Demartini
Desaparecido desde o dia 5 de outubro de 2011. Foi vítima de um acidente de trânsito e ficou com sequelas neurológicas, perdendo a noção de localização e com dificuldades de repassar informações básicas. Foi visto pela última vez no bairro Monte Cristo, em Florianópolis.
Denuncie:
Informações podem ser dadas ao 181
Fonte: Delegacia de Desaparecidos.