Mianmar deve fazer uma “verdadeira investigação” sobre as atrocidades que teriam sido cometidas contra a minoria muçulmana dos rohingyas – disse uma enviada do Conselho de Segurança da ONU, nesta terça-feira (1º).

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“Para que se possa prestar contas deve haver uma verdadeira investigação”, afirmou a diplomata britânica Karen Pierce, em conversa com a imprensa, após visitar campos de refugiados rohingyas tanto em Bangladesh, quanto no estado birmanês de Rakhine, do qual estão fugindo.

Em agosto de 2017, o governo birmanês começou uma campanha militar que a ONU classifica como limpeza étnica – o que as autoridades negam.

Desde então, cerca de 700.000 rohingyas, uma minoria muçulmana apátrida nesse país de maioria budista, buscaram abrigo no vizinho Bangladesh.

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A enviada da ONU evitou a pergunta sobre um possível consenso no Conselho a favor de um envolvimento do Tribunal Penal Internacional.

“Uma das vias possíveis é um recurso à Corte Penal Internacional. A segunda é que Mianmar se encarregue disso”, por meio de seu próprio sistema judiciário, desconversou.

Aung San Suu Kyi “nos disse que, se houver provas, devem ser transmitidas às autoridades birmanesas, que fariam uma verdadeira investigação”, assegurou.

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Suu Kyu, a líder “de facto” do país, recebeu ontem uma delegação do Conselho de Segurança da ONU, na primeira visita de tão alto nível desde que começou a crise dos rohingyas, em 2017.

* AFP