A Copa América e a Seleção não estão despertando nenhuma atenção em Arequipa, sede do Brasil na competição. Prova disso foi a chegada da equipe à cidade, na madrugada de sexta, dia 2. Não havia torcedores local no aeroporto local – apenas policiais militares. Ainda assim, um ônibus especial esperava a delegação e levou o grupo até o Hotel Libertador com batedores barulhentos e armados.
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À tarde, no rápido treino no Estádio Mariano Melgar, somente cerca de 30 torcedores ocupavam a arquibancada. Bem diferente do amistoso contra o Hungria, em Budapeste, por exemplo, em que 30 mil pessoas assistiram ao treino dos brasileiros. O atacante Luís Fabiano foi o único jogador a ter seu nome gritado pelos torcedores.
Parte considerável dessa frieza em Arequipa se deve à ausência dos principais jogadores na Copa América. Havia desinformação quanto à medida da comissão técnica de poupar os craques. A imprensa peruana insistia em saber o motivo exato da ausência de Ronaldo, Roberto Carlos e Kaká no torneio. Alguns desconheciam que eles nem haviam sido convocados.
Os principais jogadores resolveram pedir dispensa a Carlos Alberto Parreira e foram atendidos. Com isso, o técnico precisou chamar atletas de pouca expressão no cenário internacional, como o goleiro Fábio, os laterais Maicon, Adriano e Gustavo Nery, o meia Renato e o atacante Vágner Love.
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