Com o encerramento do Troféu Brasil de Atletismo, domingo, o país conheceu seus últimos classificados à Olimpíada de Londres, que começa no dia 27. O Brasil será representado por 248 atletas em 27 das 32 modalidades. É a segunda maior delegação nacional na história dos Jogos – mas perde para a de Pequim/2008, que tinha 29 nomes a mais.

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Por que diminuiu a delegação?

O atletismo é o principal responsável pela redução em relação a Pequim. A delegação que foi para a China tinha 45 atletas – 23 homens e 22 mulheres. Este ano, apenas 25 competidores se classificaram para representar o Brasil em Londres (15 homens e 10 mulheres).

Uma das ausências marcantes é a de Jadel Gregório, que foi quinto colocado em Atenas/2004 e sexto em Pequim/2008. Ele não atingiu o índice olímpico (17m20cm). Saltou 16m99cm.

Outros esportes também irão com menos atletas. A natação, por exemplo: o número de homens aumentou (de 13 para 15), mas diminuiu pela metade o grupo de nadadoras (de 11 para cinco). Já o time de handebol masculino nem se classificou, assim como a equipe de ginástica rítmica.

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Onde aumentou

Algumas federações impediram que o baque no número de atletas fosse maior. É o caso do basquete masculino, que retorna após 16 anos de ausência, e do judô, nestes Jogos representado em todas as categorias, com 14 atletas.

Em Londres, o Brasil também terá representantes no BMX e na Luta Greco-Romana, o que não ocorreu na China. E o país soube aproveitar uma das poucas mudanças do programa olímpico: preencheu as três vagas do boxe feminino, nova categoria em 2012.

CHANCES DE OURO

Cesar Cielo (natação, 50m e 100m livres)

Medalhista de ouro nos 50m e bronze nos 100m em Pequim, é a maior esperança brasileira. Dono do recorde mundial nas duas categorias, é tricampeão mundial nos 50m e bicampeão nos 100m.

Diego Hypólito (ginástica artística, solo)

Como em Pequim, quando uma queda na final o deixou em sexto, chega a Londres como um dos favoritos. Foi terceiro lugar no Mundial do Japão, em 2011.

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Fabiana Murer (salto com vara)

A campeã mundial de 2011 precisará torcer contra sua principal rival, a russa Yelena Isinbayeva, única mulher a passar a marca dos 5m. Murer já derrotou Isinbayeva – no Mundial Indoor de Doha, em 2010, e no Mundial de Daegu, em 2011. Mas seu maior salto foi 4m85cm.

Futebol Masculino

Além de ter uma equipe olímpica que serve de base para a principal, o Brasil terá caminho tranquilo até as semifinais. O time de Neymar encara Belarus, Nova Zelândia e Egito na primeira fase. Nas quartas de final, será Japão, Honduras ou Marrocos. A Espanha e o México são os grandes adversários na busca do inédito ouro.

Maurren Maggi (salto em distância)

Para conquistar o bicampeonato, Maurren terá de superar a americana Brittney Reese, tetracampeã mundial, e o histórico recente de lesões. Este ano, a melhor marca da brasileira é 6m85cm – a da principal concorrente, 7m12cm. Maurren ganhou ouro em 2008 saltando 7m4cm.

Robert Scheidt e Bruno Prada (vela, classe Star)

Bicampeão olímpico na classe Laser, Scheidt levou, ao lado de Prada, a prata em Pequim. Eles são os atuais bicampeões mundiais na classe Star.

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Mayra Aguiar (judô, até 78kg)

A liderança no ranking mundial credencia a gaúcha de 20 anos. Em 2012, a judoca conquistou ouro no Grand Slam de Paris, no Pan-Americano de Montreal e no IJF Masters do Cazaquistão.

Vôlei de quadra (masculino e feminino)

É verdade que as seleções não estão na melhor fase. O time de Bernardinho chegou às finais da Liga Mundial como melhor segundo colocado, e o de José Roberto Guimarães e Sheilla, atual campeão olímpico, foi vice do Grand Prix diante das reservas dos EUA. Mas alguém duvida do potencial do Brasil no vôlei?

Vôlei de Praia (masculino e feminino)

O Brasil levará quatro duplas para a Olimpíada de Londres. As favoritas são Alison e Emanuel (masculino) e Juliana e Larissa (feminino), ambas atuais campeãs do Circuito Mundial – Juliana e Larissa são hexacampeãs. Emanuel, ouro em Atenas e bronze em Pequim ao lado de Ricardo, vai para a sua quinta Olimpíada.