O senador Delcídio Amaral (PT-MS) apresentou novo pedido de afastamento por licença médica à mesa diretora do Senado. Delcídio, que já está afastado para fazer exames, pediu mais 15 dias, contados a partir da próxima terça-feira, quando venceria a licença atual.

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O parlamentar ficou quase 90 dias e foi solto no último dia 18, sob condição de fazer recolhimento domiciliar, podendo sair de casa apenas para trabalhar no Senado. Delcídio nem chegou a retornar à Casa legislativa, porque apresentou o pedido de licença médica logo em seguida.

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Agora, a expectativa é que Delcídio Amaral retorne ao Senado a partir do dia 23 deste mês. Enquanto isso, corre contra ele o processo de análise de uma representação no Conselho de Ética da Casa, que pode resultar na abertura de processo de cassação de seu mandato. Nesta sexta-feira, após tomar conhecimento de notícias de que o senador teria fechado acordo de delação premiada com a Justiça, o advogado Gilson Dipp, que era um dos responsáveis pela defesa de Delcídio no conselho, deixou a causa.

Delcídio Amaral foi preso sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava-Jato. Ele ofereceu R$ 50 mil por mês e um plano de fuga para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fechasse acordo de colaboração com o Ministério Público. O filho de Cerveró gravou a conversa e entregou o áudio à Justiça, o que resultou na prisão em flagrante do senador. Segundo reportagem veiculada nesta quinta-feira pela revista IstoÉ, Delcídio teria dito em delação que tomou a iniciativa a pedido do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

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