O presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta segunda-feira que não acredita que o vazamento da delação premiada do presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, vá impactar as votações das pautas de interesse do governo no Congresso.

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– Isso [a delação] é uma coisa do Judiciário. Não vai ter repercussão [no Congresso].

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No depoimento, o executivo citou dois ministros próximos da presidenta Dilma Rousseff – o da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva – como beneficiários do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

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Temer, que é o articulador político do governo, esteve reunido desde a manhã desta segunda-feira com ministros das Comunicações, Ricardo Berzoini; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; e da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha; além do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) e do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), para discutir as pautas de interesse do governo no Congresso nesta semana.

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Foram avaliados os cenários para as próximas votações no Congresso, principalmente a do Projeto de Lei (PL) 863/2015, que muda as regras da desoneração de 56 setores da economia, reduzindo a isenção fiscal, a Medida Provisória (MP) 672/15, que estende a atual política de reajuste do salário mínimo até 2019, além do reajuste dos servidores do Executivo e do Judiciário.

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Também foi discutida a participação da Petrobras na exploração do pré-sal, que será debatida nesta terça-feira em sessão temática no plenário do Senado. A discussão foi motivada por um projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP), que libera a estatal da função de operadora única do pré-sal e a desobriga da participação mínima de 30% dos blocos licitados.

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*Agência Brasil