Quando surgiram as notícias de que o empreiteiro Marcelo Odebrecht iria assinar acordo de delação, a imprensa começou a conceituá-la de “confissão do fim do mundo”, pela dimensão gigantesca da roubalheira bilionária que envolveu a Petrobras e outros órgãos do governo.

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A primeira delação de uma longa série de bombas políticas que explodirão em Brasília, com repercussão em todo o Brasil, tem a assinatura do ex-diretor da Odebrecht Claudio Melo Filho. Citou 51 políticos que representam 11 partidos. As primeiras consequências estão a indicar que as revelações podem se transformar na “delação do fim de governo”.

As principais autoridades da República estão relacionadas entre os beneficiários das propinas do Petrolão e dos pagamentos de caixa 2. A lista começa com Michel Temer, passa pelos poderosos ministros Elizeu Padilha e Moreira Franco, inclui o presidente do Senado, Renan Calheiros (sempre ele), o notório Eduardo Cunha, o líder do governo no Senado, Romero Jucá, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e o ex-ministro Jacques Wagner. E o mais grave, parlamentares, dirigentes e autoridades filiados ao PMDB, PT, PSDB, DEM, PP, PTB, PSB, PSD, PPS e, quem diria, até o PCdoB.

A divulgação da primeira lista acontece no momento em que o governo Temer registra a maior taxa de rejeição e com a economia travada e sem deslanchar como previam os analistas. E seu efeito mais devastador deverá se registrar em reações contra as inadiáveis reformas que, executadas, reaquecerão a economia e reduzirão a tragédia do desemprego.

Péssimo exemplo

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Quando um empresário quer contratar um bom executivo, um técnico ou um novo profissional pede um currículo. Se na folha corrida tiver anotação de que ele é réu em processo criminal será rifado na hora. Se um microempresário tem um candidato que responde a inquérito por peculato nem examina seu currículo. Nem é submetido a teste.

No Brasil, réu preside o Senado com aval do Supremo Tribunal.

Expansão

O empresário José Nitro da Silva inicia esta semana as obras de construção de duas novas unidades da popular Casas d’Água, por ele fundada e presidida. Uma ficará em Brusque e outra, em Canasvieiras. Acabou de inaugurar uma unidade em Biguaçu, de eletrodomésticos. A empresa tem hoje 17 unidades e 1.200 empregados diretos. Estará completando 50 anos em outubro de 2017.

Previdência

A Associação de Oficiais Militares (Acors) realizará assembleia geral extraordinária hoje no Hotel Slaviero, Trindade, para avaliar o projeto de reforma da Previdência Social que tramita no Congresso. Policiais militares e bombeiros defendem tempo especial de aposentadoria, alegando a natureza do serviço. Na quarta-feira, a diretoria da Acors estará em Brasília.

Esgotado

A primeira edição do livro “O Pensamento de Henrique Stodieck”, organizado pelo professor Cesar Luiz Pasold, está esgotada. Uma nova edição deverá ser lançada no inicio do próximo ano. Pasold acaba de ser reeleito presidente da Academia Catarinense de Letras Jurídicas.

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