Florianópolis é uma cidade à beira da asfixia. Não que nos falte ar de qualidade, pelo contrário. É que se multiplica por aqui um pensar pequeno e mesquinho, de uma minoria barulhenta de defensores do próprio interesse. Com suas bandeiras ideológicas anacrônicas, seguem ditando normas em total divergência com qualquer coisa que se queira chamar de futuro.
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Vive-se um impasse quase adolescente de negação do crescimento, imposto por narcisos que só pensam no próprio umbigo. Um grupo que implodiria sem piedade todas as pontes que nos unem ao continente; que anexaria a nossa porção continental ao município mais próximo para, enfim, largar a Ilha à deriva – e à míngua. O sonho insano de quem nos quer congelados na imagem idílica do vilarejo pesqueiro isolado de outrora.
Temos nos submetido a muitos absurdos. Individualmente, empresários e cidadãos de bom senso, em geral tentam manter mais equilibrado esse verdadeiro cabo de guerra criado, que rotula como vilão qualquer interessado em investir na cidade e como mocinho quem defende o retrocesso. São sucessivos golpes, na reiterada tentativa de nos levar à inanição econômica.
Fazer de Florianópolis um exemplo de cidade sustentável é a intenção da grande maioria dos empreendedores, afinal, negócios dependem disso! Mas a visão tosca de alguns deturpa o conceito de sustentável, resultando criminosamente em uma cidade cada vez mais sem emprego, renda, futuro. O não ao desenvolvimento é um sim escancarado e irresponsável ao aumento da pobreza.
E o que temos visto é de envergonhar. Enquanto apontam o dedo inquisidor a equipamentos turísticos que nos projetam internacionalmente e que geram milhares de empregos diretos e indiretos, como os beach clubs, ironicamente fecham os olhos ao avanço da miséria, sem exigir com a mesma ênfase soluções para o que nos apunhala econômica, social e ambientalmente.
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Quem, hoje, em sã consciência, faz planos de investir em Florianópolis, que já se consolida como a capital nacional da insegurança jurídica?