A mãe de uma menina de 11 meses indiciada pela Polícia Civil de Santiago por entregar a filha a um casal mediante beneficiamento _ caso ocorrido em 2012 na cidade _ conversou com a reportagem no Diário no domingo em São Francisco de Assis, cidade vizinha de Santiago onde mora atualmemte.
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Ela afirma que a menina é filha legítima do pai adotivo. Segundo a mulher, é criança seria fruto de uma relação extraconjugal dela com o homem.
A mãe, o casal que cria a menina e o médico que fez o parto devem ser denunciados nesta segunda pelo Ministério Público da cidade por suposta adoção ilegal. O MP também abrirá uma investigação para analisar o caso tem relação com outro, semelhante, ocorrido na cidade em 2008 (neste caso, quatro pessoas foram indiciadas por suposta adoção ilegal).
Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
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Diário de Santa Maria _ A senhora procurou a polícia para dizer que um homem registrou sua filha como sendo dele. Depois voltou atrás. O que houve?
Mãe _ A minha filha é, realmente, filha dele (pai que registrou a menina). Entrei em acordo quando estava grávida que ia deixar ela (a criança) com ele (pai). Só que depois me arrependi. Depois voltei atrás de novo. E é o melhor a minha filha ficar com ele, é o pai dela.
Diário _ A senhora vê a menina?
Mãe – Sim, sempre. Tenho notícias dela todos os dias.
Diário _ Quantos filhos a senhora tem?
Mãe – Uma de 12 anos, gêmeas de 5, e ela (a menina entregue ao casal) que está com 9 meses agora.
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Diário _ A senhora teve uma relação com o suposto pai da criança?
Mãe – Não gosto de falar sobre isso. Foi passageiro, mas aconteceu.
Diário _ Em algum momento, o casal propôs ficar com a sua filha, durante a gravidez?
Mãe – Não. Deixei ela com eles para que ela fosse bem criada. Decidi nos últimos dois meses de gravidez. Não deixei minha filha com um estranho, deixei com o pai dela.
Diário _ A senhora pode vir a responder por um crime?
Mãe – Sim, eu não vejo a hora disso tudo acabar. As pessoas me acusam. Eu tenho minha consciência tranquila, mas estou preparada para o que tiver que ser.
Diário _ A senhora se arrependeu de algo?
Mãe – Sim, porque fui pressionada pelos outros aqui (em São Francisco de Assis, onde mora). Mas eu sabia que era aquilo mesmo que eu queria. Eu quero que ela fique lá e é lá que ela vai ficar.
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Diário _ A senhora foi junto ao cartório registrar o bebê?
Mãe – Sim, porque era o certo. Ele teria que registrar a filha dele de qualquer maneira. Não tem nada de ilegal nessa história. Não tem adoção. Ele é o pai e isso vai ser provado.
Diário _ A senhora teve algum favorecimento ou recebeu algo pela criança?
Mãe – É claro que não. Meu único favorecimento é saber que minha filha está bem.
Diário _ Há algum documento dando a guarda do bebê ao casal?
Mãe – Eu assinei um papel passando a guarda para eles