Uma nova reunião entre um grupo de moradores e o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) na manhã desta quarta-feira resultou em uma solução para o impasse envolvendo a nova ponte sobre o canal da Barra da Lagoa. A obra está parada desde novembro do ano passado, quando a comunidade da Fortaleza da Barra questionou se a estrutura daria acesso ao local. Quem passa pela SC-406 percebe que a rua de entrada da comunidade não tem uma ligação direta com a nova ponte. Antes da última temporada de verão, os moradores pediram que a obra fosse interrompida, já que, para construir a segunda pista da nova estrutura, a ponte atual precisaria ser demolida.

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O impasse seguiu nos últimos meses sem que o Deinfra apresentasse uma solução que fosse aceita pela comunidade. Mas isso se encaminha para um fim. Segundo Gilson Manoel Bittencourt, presidente do Conselho de Segurança (Conseg) da Barra, nesta quarta foi apresentado um projeto de acesso seguro à Fortaleza, prevendo a desapropriação de parte do terreno da igreja que fica nas margens da rodovia. Assim, a rua de acesso à localidade teria um desvio para que fosse ligada à nova ponte.

— O projeto foi bem modificado, ficamos bem satisfeitos com a alteração. Vamos organizar uma reunião com a comunidade pra ver se aprova e a obra recomeçar — conta Gilson. O encontro deve ser marcado para a próxima semana. Os moradores serão avisados pelo Conseg.

Estudantes fazem manifestação pela ponte da Barra da Lagoa, em Florianópolis

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— Para o acesso se tornar seguro, o Deinfra vai ter que indenizar um pedaço do terreno da igreja, que não será atingida. Fizemos de tudo pra prejudicar o mínimo possível a comunidade — avalia o representante da população.

Em protesto, comunidade instalou faixas questionando a obra
Em protesto, comunidade instalou faixas questionando a obra (Foto: Ivanir França / Divulgação)

O diretor de Operação e Manutenção do Deinfra, Delbi Canarin, também acredita que o consenso foi encontrado.

— Estamos trabalhando há mais de dois meses e agora chegamos a um bom termo. Vai ter que desapropriar, mas é coisa pequena. A via vai passar pela parte do muro de arrimo — explica.

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Segundo ele, o Deinfra já assinou a ordem de serviço para que a empresa retome a obra. Isso depende somente dos moradores concordarem.

— Se não parar mais, em quatro ou cinco meses a ponte fica pronta — avalia o diretor.

(Foto: Reprodução / Divulgação)