A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) pediu a prorrogação, por 30 dias, das prisões temporárias dos envolvidos na segunda onda de atentados em Santa Catarina. Os mandados que mantêm os criminosos integrantes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção que planejou os ataques, valem por um mês e expiram na sexta-feira. E até esta data a Justiça vai responder se atende ou não pedido da Polícia Civil.

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As detenções ocorreram em 16 de fevereiro, data em que foi deflagrada a Operação Salve Geral da Polícia Civil, quando a vara criminal de Blumenau autorizou 97 mandados de prisão temporárias contra os autores e mandantes dos ataques ao Estado. O diretor da Deic, delegado Akira Sato, disse que pelo menos 80 criminosos foram capturados e 95 pessoas foram detidas, incluindo os flagrantes verificados no cumprimento dos mandados de busca e apreensão.

A expectativa é entregar o relatório final da investigação até o final do mês. Akira declarou que deve pedir a conversão das prisões de temporárias para preventivas e acrescentou que mais nomes podem ser incluídos. Ontem, os laudos do material apreendido com os integrantes do PGC em 16 de fevereiro, como computadores, drogas e cadernos de contabilidade e anotações, chegaram à Deic. Eles comprovam a relação dos suspeitos com a facção.

Segundo Akira, todos os homens que estavam nas ruas e eram responsáveis por organizar os atentados foram detidos. O delegado garantiu ainda que esta é apenas uma das investigações e mais operações serão realizadas. Por questão de segurança, detalhes são mantidos em sigilo.

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O diretor da Deic também comentou o conteúdo dos depoimentos dos presos. Revelou que muitos preferiram falar apenas em juízo e os que se pronunciaram não admitiram ter relação com os ataques. A pequena parte que confirmou ser do PGC declarou inocência.

::Diretor da Deic fala em novas transferências

Junto com as prisões, o Estado removeu os líderes dos PGC para as penitenciárias federais de Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). Akira afirmou que alguns nomes são monitorados por poderem assumir o controle da facção criminosa no Estado. O delegado ressaltou que todos estão na penitenciária de São Pedro de Alcântara e que são poucos os candidatos, porque os detentos perceberam quais são as consequências em liderar a organização criminosa.

Inclusive, novas transferências de presos não estão descartadas. O diretor da Deic não quis citar nomes nem números. Mas fontes da segurança pública revelam que pelo menos mais dois detentos que fizeram parte da cúpula do PGC também devem ir para o sistema penitenciário federal.

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