Delegados da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis, disseram que os bandidos que atacaram o Banco do Brasil na madrugada desta terça-feira em Seara, no Oeste, não conseguiram abrir o cofre principal e levar os milhões que estariam guardados no local.

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A informação é dos delegados Akira Sato, diretor da Deic, e Anselmo Cruz, da Divisão de Roubos e Antissequestro da Deic. O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Nitz, também garantiu que os bandidos não tiveram sucesso em abrir o cofre maior e que saíram do banco levando R$ 80 mil.

Os bandidos forçaram o cofre com macacos hidráulicos e colocaram dinamite, mas ele não foi estourado, conforme a Deic.

Os delegados afirmam que há intensa mobilização da Polícia Civil para identificar e prender a quadrilha. Até o começo da noite desta terça, ninguém havia sido preso.

Entrevista: Anselmo Cruz, delegado da Deic:

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Como a polícia vê a ação específica dessa quadrilha em Seara?

Na realidade a ação se tornou violenta em Seara, com confronto, exatamente pela chegada de policiais no local, que flagraram a ação e tentaram efetuar a prisão, tendo havido essa reação e a troca de tiros. Mas se enxerga inclusive o lado contrário: houve atendimento policial, só que como acontece pelo país inteiro esse tipo de ação, de explosão, tem atingido cidades pequenas que têm efetivo policial menor.

Procede a informação de que os bandidos teriam levado milhões?

Não procede, não levaram nada. Eles não conseguiram abrir o cofre principal.

Pela série de crimes é uma mesma quadrilha que vem agindo no Estado?

Estamos na fase de investigação, reunindo as informações do que aconteceu em Seara e ainda é cedo para dizer ou não se é uma mesma quadrilha.

Há pelo menos 19 ataques a banco desde o começo do ano em SC. A polícia admite uma nova onda desse tipo de crime?

Boa parte deles são tentativas e foram ações frustradas e isso deixa em Santa Catarina numa situação melhor em relação aos outros estados do Sul como Paraná e Rio Grande do Sul. No Paraná já são mais de 90 explosões. Estamos trabalhando para virar 2015 com número menor, o que é importante nesse cenário que vem acontecendo.

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