A mesma decisão que definiu o campeão brasileiro no ano passado pode ser repetida na etapa de abertura do Super Surf 2003 neste domingo, dia 23, em São Sebastião (SP). O defensor do título, o carioca Leonardo Neves, classificou-se para as quartas-de-final na chave de cima. E na de baixo, o paranaense Peterson Rosa também avançou para o último dia da competição no sábado de muita chuva e com as ondas passando dos dois metros de altura na Praia de Maresias.
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As condições estavam tão difíceis que os organizadores decidiram utilizar o recurso do jet ski para rebocar os surfistas após cada onda surfada nas baterias. Esta é somente a segunda vez que isso acontece em 17 anos de história do Circuito Brasileiro de Surfe Profissional. As finais ocorrem por volta das 14h deste domingo.
Antes de São Sebastião, a única vez em que os surfistas foram auxiliados pelo jet ski tinha sido também numa etapa do Super Surf, no ano passado, na Praia da Joaquina, em Florianópolis.
– Facilita bastante o nosso trabalho, porque não está fácil varar a arrebentação e a gente ia acabar perdendo um tempão só remando pro outside (atrás da arrebentação) – disse o cearense Dunga Neto, que barrou os cariocas Victor Ribas e Raoni Monteiro para confirmar o seu nome na última quarta-de-final, quando enfrenta Wagner Pupo, que despachou os também paulistas Cristiano Guimarães e Tinguinha Lima.
Mas um dos confrontos mais esperados do dia foi o que envolveu dois campeões brasileiros e representantes do Brasil na elite mundial do World Championship Tour (WCT) – o paranaense Peterson Rosa e o paraibano Fábio Gouveia. Os dois decidiram o título na etapa inaugural do Super Surf em 2000, também em São Sebastião, que terminou com uma vitória de Gouveia. E neste ano, se enfrentaram na primeira etapa do WCT na Gold Coast e Rosa venceu, repetindo o feito neste sábado em Maresias.
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– É sempre uma disputa muito boa contra o Fábio Gouveia, porque ele também surfa muito e a gente tem que dar de tudo para poder derrotá-lo – confessou o tricampeão brasileiro Peterson Rosa. – Graças à Deus eu tive mais sorte de achar as melhores ondas e venci, esse é o tipo de mar que eu gosto, com ondas pesadas espero que continue assim e eu consiga sair daqui com um bom resultado – emendou.
Fábio Gouveia também comentou mais uma disputa contra o seu companheiro de WCT.
– Na final de 2000, as ondas estavam muito marolinhas (pequenas), bem diferentes de hoje aqui – lamentou. – Acho que me precipitei um pouco em ter ido mais para a direita do palanque e só acabei pegando uma onda boa, mas, é isso aí, eu arrisquei tudo e não deu mais uma vez – completou Fabinho.