A parceria de 10 anos que promete mudar a história do Juventude está prestes a ser concretizada. Responsável pela aproximação entre o clube caxiense e a Red Bull, o empresário Gilmar Veloz garante que a multinacional austríaca já tomou sua decisão. Basta agora o Juventude, submetido a uma auditoria nos últimos dias, aceitar as condições. Entre elas, a participação efetiva da empresa na gestão do clube e a mudança do nome.
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– Depende do Conselho Deliberativo do Juventude aprovar as condições do acordo – afirma Veloz, procurador do técnico Felipão, da seleção portuguesa, e do volante Emerson, do Real Madrid.
Nessa terça, o principal executivo da empresa no mundo, Dani Bahr, acompanhado de outros dirigentes, esteve em Caxias vistoriando as instalações do Ju.
– A presença do CEO (principal executivo) em Caxias é impressionante. Mostra a força e o prestígio do clube – destaca o ex-presidente e atual vice de patrimônio, Milton Scola.
Mas apesar de todos os indícios de que o negócio realmente esteja encaminhado, nem Gilmar Veloz, nem Juventude, admitem revelar cifras. Especula-se que no primeiro ano de contrato os valores serão pelo menos três vezes maiores do que o orçamento anual do Ju em 2006 (R$ 13 milhões). Para se ter uma idéia, o orçamento anual do Inter, campeão mundial, é de R$ 68 milhões.
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Nessa quarta, a Rádio Caxias revelou que o investimento chegaria a 23 milhões de euros por ano – cerca de R$ 64 milhões. Questionado pelo Pioneiro, um dirigente reagiu:
– Isso é coisa para o Real Madrid. Não criem falsa expectativa!
Mesmo com a parceria, o Juventude não precisará modificar suas cores – verde e branco -que o acompanham desde sua fundação, em 1913. As alterações mais visíveis, além do nome (para Red Bull Juventude), devem ocorrer no Estádio Alfredo Jaconi, que ganharia um padrão europeu. Quanto ao fornecimento de material esportivo, ficará a cargo da Adidas.